Time Brasil de Concurso Completo fecha sua participação na “Copa do Mundo” do cavalo

A prova de Salto nessa 2ª feira, 17/9, foi o último desafio do Time Brasil de Concurso Completo de Equitação nos Jogos Equestres Mundiais (EUA). Equipe foi 15ª e Marcio Jorge garantiu o melhor resultado individual. Jogos Pan-americanos 2019 podem garantir a vaga olímpica do Brasil na modalidade.

Time Brasil de Concurso Completo fecha sua participação na "Copa do Mundo" do cavalo

Marcio Jorge com Coronel MCJ no cross country (Luis Ruas)

O clima foi um dos mais difíceis obstáculos enfrentados por amazonas e cavaleiros da modalidade Concurso Completo de Equitação nos Jogos Equestres Mundiais 2018 – que acontecem a cada quatro anoes e começaram em 11/9 e seguem até 23/9 no Tryon International Equestrian Center, em Mill Spring, na Carolina do Norte, EUA. Dividido em três provas – Adestramento, Cross-country e Salto – as disputas do Concurso Completo de Equitação começaram na quinta-feira, 13, e terminaram nesta segunda-feira, 17. Largaram na prova 83 conjuntos (cavalo/cavaleiro) de 23 países, mas 13 conjuntos não chegaram à prova final.

Nas duas primeiras fases da disputa, o calor atrapalhou o desempenho em especial dos cavalos na prova de Adestramento, dividida em dois dias, 13 e 14, e no Cross-country realizado no sábado, 15. O Salto, que estava agendado para o domingo, 16, foi transferido para esta segunda-feira, 17, devido as fortes chuvas decorrentes do furacão Florence.

Time Brasil de Concurso Completo fecha sua participação na "Copa do Mundo" do cavalo

Marcelo Tosi e Genfly em grande salto (Luis Ruas)

Nas duas primeiras fases, o Time Brasil contou com cinco conjuntos: os olímpicos Marcelo Tosi montando Genfly Agromix, Márcio Carvalho Jorge com Coronel MCJ e Márcio Appel com Iberon JMen, Henrique Plombon Pinheiro/Land Quenotte do Feroleto e Nilson Moreira da Silva/ Magnums Martini.

No Adestramento, o melhor resultado foi de Márcio Carvalho Jorge (-29.4), seguido de Marcelo Tosi (-36.4), Márcio Appel e Henrique Pinheiro, empatados em – 37.9 e Nilson Moreira da Silva (- 41.4).

No Cross-country, uma queda levou à eliminação de Henrique / Land Quenotte do Feroleto, que competiu individualmente, na competição. Voltou a fazer o melhor resultado Márcio Jorge / Coronel MCJ com 9.6 pontos perdidos (pp), com pista zerada e penalização apenas por excesso de tempo. Tosi / Genfley finalizou a prova com 11.2 pontos perdidos, Márcio / Iberon JMen com 49.2 pp e Nilson / Magnums Martins fechou com 58,4 pp.

Time Brasil de Concurso Completo fecha sua participação na "Copa do Mundo" do cavalo

Marcio Appel com Iberon JMen no Cross Country (Luis Ruas)

Com um atleta a menos na equipe (sem descarte), o Time Brasil apostava no Salto para melhorar o resultado, mas nenhum dos quatro conjuntos em pista zerou o percurso: Márcio Jorge cometeu duas faltas e perdeu 8 pontos; Tosi e Appel computaram 18 pp cada, e Nilson Silva, 20 pp.

Somados os resultados das três provas, Márcio Carvalho Jorge/Coronel MCJ foi o melhor resultado do Time Brasil com a 32ª colocação, totalizando – 47,0 pontos. Marcelo Tosi/Genfly Agromix em 53º lugar (-65.6); Márcio Appel/Iberon JMen em 68º (- 105.1) e Nilson Moreira da Silva/ Magnums Martini em 69º (-119.8). Participaram da disputa 82 conjuntos top mundiais. No cômputo geral das equipes, o Time Brasil ficou em 15º lugar, totalizando -217,7 pp.

Time Brasil de Concurso Completo fecha sua participação na "Copa do Mundo" do cavalo

Nilson Moreira da Silva e Magnums Martini no cross (Luis Ruas)

Grã Bretanha faturou ouro por equipes e individual

Inventores da modalidade, os britânicos voltaram a ser o destaque do Jogos Equestres Mundiais e com apenas 88.8 pontos perdidos ao longo das três provas faturaram o ouro por equipe. A medalha de prata ficou com a Irlanda (93.0 p.p) e o bronze com a França (99.8 p.p).

Na disputa individual, a britânica Rosalind Canter montando Allstar B conquistou o ouro com 24,6 p.p. contabilizados no Adestramento, uma vez que a amazona zerou no Cross-country e no Salto.

A medalha de prata individual também foi para a Irlanda na performance de Padraig McCarty montando Mr. Chucky (27.3 pp) e pista limpa no Cross e no Salto. O bronze ficou com Ingrid Klimke/SAP Hale Bob Old, da Alemanha, com 27,2 pp, 23,3 deles no adestramento, 4 no Salto e pista limpa no Cross.

Time Brasil de Concurso Completo fecha sua participação na "Copa do Mundo" do cavalo

Henrique Pinheiro com Land Quenotte do Feroleto no Adestramento (Luis Ruas)

O CCE brasileiro em Jogos Equestres Mundiais

Competindo nas oito edições dos Jogos Equestres Mundiais, o melhor resultado da equipe de CCE foi o 7º lugar registrado em 2014, na Normandia. Em Roma 1998 o Time Brasil ficou em 8º, em Kentucky 2010 em 12º lugar e em 2018 em Tryon em 15º.

Em outras duas edições o Brasil chegou como equipe, mas acabou disputando apenas no individual em razão da eliminação de competidores: em The Hague 1994, Guega Fofanoff/Fri Ribe Off (54º lugar) e Sgtº Tirço Porcina/Columbo (65º); e em Jerez de La Frontera 2002 apenas Vicente Araujo Neto/Tevere terminou o cross, ficando em 37º.

Em duas edições o país foi representado por um conjunto apenas: Estocolmo 1990 por Serguei (Guega) Fofanoff/Kaiser Éden (36º lugar) e em Aachen 2006 por Carlos Eduardo Paro/Political Mandate (40º).

O próximo grande desafio do Time Brasil de Concurso Completos é o Sul-Americano da CCE 2018 de 18 a 21/10 na Argentina. Já em 2019 os Jogos Pan-americanos no Peru são válidos como qualificativa olímpica. As primeiras equipes em Tryon já garantiram as vagas de seus países para Toquio 2020.

 

Fonte: CBH – Carola May – ruthe.araujo

Escreva um Comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here