Desenvolvimento da genética do cavalo Crioulo aumenta sua versatilidade

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Comprar um cavalo ou égua, seja para passeios, cavalgadas, competições ou até mesmo para iniciar um criatório pode parecer uma tarefa fácil. Sempre encontramos alguém disposto a apresentar um proprietário com bons animais à venda, promessas de funcionalidade na cabanha.
Entretanto, para a escolha do animal ideal, deve-se estar atento a uma série de fatores, que vão além do que o olho vê. No cavalo Crioulo, raça que tem uma verdadeira legião de seguidores, os exemplos são os mais abstratos. Por trás do trote e galope estão características bem mais complexas como a medida do tórax e o comprimento do pescoço, que influenciam na marcha do animal.
Conceitos que começam a ser discutidos com maior frequência nas rodas de criadores em função do interesse por competições de grande visibilidade, como o Freio de Ouro, que torna-se mais exigente a cada ano na funcionalidade e morfologia de seus animais. “A genética está se tornando um pilar da criação”, diz Jorge Agnelo, técnico da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC). “Faz parte do dia a dia do criador”.
Hoje, a ordem do dia é “melhorar o plantel”. Entre os princípios critérios adotados estão a heterose (choque de sangue entre diferentes linhagens para promover novas características) e os acasalamentos direcionados a cada geração, buscando otimizar o uso de linhagens específicas, além da seleção dos melhores animais obtidos a cada safra. “É fundamental que o criador conheça os pontos fracos e fortes do seu rebanho. Só assim é possível melhorar. Temos bons exemplos no melhoramento genético de outras raças e o Crioulo tem caminhado para isso”.
Um dos exemplos mais significativos no Brasil é o da Raça Nelore que investe fortemente na pesquisa científica, com destaque para a ANCP Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores, que em vinte anos de existência concluiu 394 trabalhos de pesquisa para que o Nelore alcançasse os elevados patamares de produtividade que alcançou. “Os equinos tendem a se tornarem cada vez mais competitivos. E a genética deve respaldar esta competitividade”.
No ano passado as disputas promovidas por investidores de genética em leilões de cavalo Crioulo movimentaram R$ 71,5 milhões por 4.715 exemplares geneticamente melhorados. Um mercado potencial, que cresce ano a ano. Além do imenso faturamento, a raça galgou o pasto de segunda mais comercializadas em leilões de cavalos no País.
FONTE: CanalRural

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