Para voar: equilibrado, time brasileiro de saltos gera otimismo pelo topo

Cavaleiros Doda Miranda, Eduardo Menezes, Stephan Barcha e Pedro Veniss voltam a saltar nesta terça-feira para provar o bom desempenho mostrado no domingo

 

Por Diego GuichardRio de Janeiro

Doda Miranda, com o cavalo Cornetto K, Eduardo Menezes, junto com Quintol, Stephan Barcha, na parceria de Landpeter do Feroleto, além de Pedro Veniss, com o legal Quabri de L’isle. O que todos esses conjuntos brasileiros de saltos têm em comum? Os quatro são considerados de alto nível e regulares, o que gera um sentimento de otimismo para recolocar o Brasil na briga por medalha por equipe – o que não acontece desde Sidney, em 2000. Na manhã desta terça-feira, os cavaleiros tentam confirmar o bom desempenho apresentado na estreia individual, ocorrida no domingo, no Centro Olímpico de Deodoro.

Nós nunca chegamos em uma condição dessa, estamos muito bem. Está tudo saindo dentro do programado. Todos aqui estão com cavalos da vida e em grande fase, inclusive o reserva. Eles ainda vão crescer muito. Nós estamos focados na competição por equipes – analisa o presidente da Confederação Brasileira de Hipismo, Luiz Roberto Giugni.

Fiquei muito feliz pelo rendimento do meu cavalo e dos meus companheiros. Vejo o Brasil com chances reais de medalha de ouro, mas existem outras cinco equipes junto com a gente
Doda Miranda

Na prova de domingo, Doda, Barcha e Veniss zeraram o percurso, gerando ovação entre torcedores presentes nas arquibancadas. Eduardo Menezes, por sua vez, teve um bom desempenho. O conjunto derrubou apenas a testeira de um obstáculo que homenageava o calçadão de Copacabana. Ficou com quatro pontos perdidos. Mas somente as três primeiras voltas por país são levadas em consideração. Somente o time da Alemanha conseguiu igualar a façanha brasileira, enquanto Holanda, Canadá, Suíça e França perderam quatro pontos.

Entre sorrisos e olhos marejados pelo desempenho, os atletas agradeceram a atmosfera criada pela torcida. Duas vezes medalhista de bronze por equipe – em Atlanta e Sidney -, Doda adotou um discurso cheio de otimismo. Crê na briga pelo ouro.

Mesmo com experiência de cinco Olimpíadas, sei que é importante fazer um bom primeiro dia para dar confiança. Fiquei muito feliz pelo rendimento do meu cavalo e dos meus companheiros. Vejo o Brasil com chances reais de medalha de ouro, mas existem outras cinco equipes junto com a gente. Já é uma grande vantagem saber que só depende de você – pondera.

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Doda Miranda vê o Brasil na briga pelo ouro (Foto: Diego Guichard)

O responsável pelo desempenho da equipe brasileira é o americano George Morris, de 78 anos, e que é considerado como uma “lenda” no esporte. Medalhista de prata por equipe em Roma, em 1960, o treinador vai para a sua 15ª Olimpíada.

– Nós temos cavaleiros fantásticos, com excelentes montarias. São atletas experientes como Doda e outros mais jovens. Apostamos nessa mistura para formar um time muito equilibrado – comenta Morris.

A fase brasileira na modalidade é tão positiva, que o país conta com três “emprestados” para outras nações. Nascidos no Brasil, Matias Albarracin (Argentina), Cassio Rivetti (Ucrânia) e Luciana Diniz (Portugal) competem na prova de saltos. Dos três, o argentino obteve o melhor resultado, com quatro pontos perdidos, enquanto a portuguesa teve oito e o ucraniano caiu do cavalo – teve 47.

Na manhã desta terça-feira, a partir das 10h, os conjuntos voltam a saltar em Deodoro. Será mais uma chance para os cavaleiros brasileiros mostrarem que o país está muito bem servido no esporte.

Fonte: Globo esporte

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