Bronze no Pan, Ruy Fonseca une forças e vê ciclo do CCE “diferente”

Cavaleiro brasileiro que estará na Olimpíada do Rio de Janeiro utiliza conselhos de Doda e Rodrigo Pessoa, destaques do salto, por novo sucesso

Por Bruno GiufridaRio de Janeiro

O cavaleiro Ruy Fonseca, de 43 anos, é um dos mais experientes da equipe brasileira que disputará o hipismo CCE na Olimpíada deste ano. Ele, inclusive, disputou a última edição dos Jogos, em Londres, e não tem dúvidas: o ciclo olímpico do Brasil para a Rio 2016 foi diferente. Graças à preparação especial e às forças que ele e os companheiros têm unido, a chance de medalha na modalidade é real.

Além da contratação dos técnicos Mark Todd (bicampeão olímpico) e Anna Ross, Ruy Fonseca vê o entrosamento com os atletas das outras modalidades, adestramento e salto, como fator importante para o Brasil conquistar uma medalha inédita na Olimpíada. A competição começa neste sábado, às 10h, com as apresentações de adestramento, no Centro Olímpico de Hipismo, em Deodoro.

– Sem dúvidas, foi um ciclo totalmente diferente de Londres para cá. Tivemos boas provas. Certamente, o Mark Todd e a Anna Ross deram um plus muito grande para a modalidade. Os resultados melhoraram. Agora, temos de estar preparados para o nosso objetivo maior. Os cavalos chegaram bem e nós só estamos esperando a prova começar – explicou Ruy, antes de destacar a importância de Rodrigo Pessoa e Doda, referências brasileiras no salto.

– Nós sempre nos ajudamos nas competições. Quem tem mais experiência, tenta passar. Estamos sempre trocando informações. É isso que faz o cavaleiro e o esporte evoluírem – completou.

Ruy Fonseca foi medalha de bronze do CCE nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no ano passado. Por muito, mas muito mesmo pouco não conquistou o ouro. Ele venceu as provas de adestramento e cross country e precisava apenas se manter na ponta no salto. No fim, porém, esbarrou no último obstáculo e ficou com o terceiro lugar.

Sempre aprendemos, nas derrotas e nas vitórias. Eu não mudaria nada naquele dia em que perdi a medalha no último obstáculo”
Ruy Fonseca

Hoje, prestes a disputar sua segunda Olimpíada, ele se vê mais experiente e não mudaria nada do que fez em Toronto para tentar conquistar o ouro.

– Sempre aprendemos, nas derrotas e nas vitórias. Eu não mudaria nada naquele dia em que perdi a medalha no último obstáculo. Conversei com o Doda e o Rodrigo Pessoa e eles falaram que montariam do mesmo jeito. Acho que faz parte do esporte. Só de ter o privilégio de ter a chance de ganhar uma medalha de ouro foi muito bom. Fiquei muito contente com o resultado. Foi um ótimo resultado para o nosso esporte – completou.

Todos os atletas do hipismo CCE foram aprovados na primeira inspeção veterinária, realizada na última sexta-feira.

Com Mark Todd como adversário e técnico, o Brasil estreia no hipismo CCE na Olimpíada no dia 6 e segue na disputa até dia 9. As provas são disputadas nesta ordem: dois dias de adestramento, um de cross country e o último de salto. Marcio Appel (37 anos), Carlos Paro (37 anos), Marcio Carvalho Jorge (41 anos) e Ruy Fonseca (43 anos), além do reserva Nilson Moreira (40 anos), formam a equipe brasileira nos Jogos.

Globo Esporte

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