Paratleta dão show em provas de Avaré

Competição ainda não é oficial, mas passará a ser a partir de abril de 2017

Paratletas nos Três Tambores deram um show em Avaré durante o Potro do Futuro, Copa dos Campeões e Derby. A participação de paratletas nas competições do Quarto de Milha vem acontecendo desde julho deste ano, e com sucesso.

O projeto é de autoria da ABQM e, de acordo com o presidente da Associação, Fábio Pinto da Costa, a iniciativa objetiva criar uma categoria exclusiva na modalidade de Três Tambores para os competidores com alguma deficiência. “A primeira prova oficial da categoria será realizada em abril de 2017”, diz Fábio.

A demonstração nesse evento foi realizada de 10 a 16 de outubro. “A prova combina a habilidade atlética do cavalo e do competidor para contornar os tambores em um percurso triangular preestabelecido, no menor tempo possível”, explica a coordenadora do projeto, Natasha Marcondes. Segundo a organização, 1,2 mil pessoas lotaram as arquibancadas e os camarotes da ‘Arena Três Seis’, durante a apresentação. Dirigentes, atletas e jurados da ABQM prestigiaram o ‘Tambor Paratleta’.

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Competidores dos Estados de São Paulo e Minas Gerais já participaram das exibições. Veridiana Real, 21, que está no projeto desde sua concepção, expressava sua emoção. “É um sonho que virou realidade. É a maior demonstração de que o impossível só existe para quem não acredita. Os cavalos me levam aonde eu não consigo chegar sozinha”, comenta a jovem. “Essas apresentações me dão a oportunidade de fazer o que amo, me fazem bem e feliz”, afirma Tarciana Alencar, 16, outra paratleta da categoria.

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Diagnosticado com atrofia muscular, o paulista Gabriel Augusto, 25, encontrou nos esportes equestres a motivação necessária para trilhar novos caminhos. “Eu monto desde os 5 anos de idade. Treino na modalidade de Três Tambores há sete anos, e me sinto muito honrado e feliz por participar desse importante projeto da ABQM, que fomenta ainda mais o nosso esporte. É mais uma oportunidade de superar os meus próprios limites, de incentivar o ‘Tambor’ e de conhecer pessoas com histórias parecidas com a minha”, ressalta.

Com distrofia muscular, doença genética em que os músculos enfraquecem progressivamente, José Victor da Silva passou a montar cavalos aos 6 anos. Hoje com 14, é praticante de Equoterapia, em um centro de Penápolis (SP) apoiado pela ABQM. “Estou extremamente feliz por alcançar mais uma conquista em minha vida. Graças à Equoterapia cheguei aqui. Essa prática me proporciona o controle e a segurança para participar das competições de Três Tambores”, diz o garoto.

A realização das provas experimentais seguiu o mesmo procedimento utilizado em outras categorias, com cronômetro e fotocélula. As regras da competição estão sendo estudadas para a elaboração de regulamento próprio. A intenção da ABQM é estender a oportunidade para outras modalidades. “Os paratletas competirão seguindo os padrões de outras provas e premiações. Para isso, os animais devem estar registrados em nosso Stud Book, para que pontuem no nosso Registro de Mérito”, salienta Henrique Campana, gerente de Esportes da ABQM.

A ABQM, entidade que representa a maior raça equina do mundo no país, é a primeira a lançar um projeto como esse no Brasil. “Além de incluir socialmente a pessoa com deficiência, por meio do contato com o cavalo e da prática esportiva, proporcionamos ganhos importantes de saúde e de qualidade de vida para o praticante”, ressalta o superintendente geral da ABQM, Daniel Costardi. “O próximo passo é criar um fundo de fomento para os núcleos oficiais e as associações que se integrarem à iniciativa”, completa o presidente da ABQM.

Fonte- ABQM

 

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