Mais experiente, Luiza Almeida sonha com resultado histórico no Rio

Ainda com 24 anos, amazona quer a classificação para a terceira Olimpíada de sua carreira para buscar um inédito top 30 na Rio-2016

“Musa do hipismo”, “novata”, “talento precoce”… Até o momento, nunca faltaram rótulos na carreira da amazona Luiza Almeida. Não que as denominações não façam sentido, afinal, a bela atleta ainda tem o recorde de mais jovem a competir no hipismo em uma edição dos Jogos Olímpicos, com os 16 anos em Pequim-2008. Mas agora, na expectativa por disputar sua terceira Olimpíada na carreira, a brasileira quer ser lembrada por um resultado histórico na prova do adestramento na Rio-2016.

Atualmente com 24 anos, Luiza dificilmente vai estar fora da lista de convocados, que será divulgada na próxima segunda-feira. Apesar de ser nova, ainda mais nessa modalidade, ela já se sente experiente. E esse pode ser o diferencial para atingir seu principal objetivo: ser a primeira brasileira a ir para a semifinal de sua prova e estar no top 30 olímpico.

– A experiência conta muito para nosso esporte. É muito importante o cavaleiro ter a calma, tranquilidade e sangue frio. Isso não é mito. A gente sente tudo o que o cavalo pode sentir. Então, a experiência vai ajudar muito – afirmou a amazona ao site do LANCE! .

Em sua estreia olímpica, em Pequim-2008, Luiza terminou a disputa na 39 colocação. Já em Londres-2012, acabou no 47 lugar. Mas quem pensa que tais resultados poderiam deixar ela desanimada se engana. O que parece incomodar um pouco é o preconceito. Não por conta do gênero, já que o hipismo é disputado igualmente entre homens e mulheres. Mas pela pouca idade.

– É bastante irônico isso. Comecei um pouco cedo minha carreira e isso me ajudou muito. Ao mesmo tempo, isso foi uma barreira e um preconceito que tive de vencer. Nos Jogos Pan-Americanos de 2007, o técnico disse que não me escolheria pelo fato de ser a mais nova. Então, sempre tive de provar que, apesar da idade, eu poderia competir de igual com os outros cavaleiros. Sempre com mais treino e dedicação – avaliou a atleta, que no Pan do Rio acabou se tornando titular de última hora e faturou a medalha de bronze por equipes.

Mesmo com essas dificuldades, o hipismo não é uma novidade na vida de Luiza. A família toda é envolvida com o esporte – o avô materno criava cavalo manga-larga, enquanto o pai era criador da raça sangue lusitano – e os irmãos, Manuel e Pedro, também sonham com uma vaga nos Jogos Olímpicos.

Até por isso, a amazona começou cedo na modalidade, por volta dos cinco anos. Até os 13 praticava a prova de salto, quando resolveu mudar e ir para o adestramento.

Fonte: LANCE

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