Curitibano de nascimento, Felipe Juares de Lima, 37, cavaleiro há cerca de 30 anos, nos últimos 10 atuando em São Paulo, se despede da cidade como moradia e volta para o Paraná neste final de 2015. No entanto, Felipe ainda mantém negócios em sociedade com o cavaleiro Rafel Leite no Haras Jaú, local onde montou nos últimos sete anos.
Com a saudade da família batendo mais forte, Felipe conta um pouco de sua história e agradece a acolhida do estado e da Federação Paulista de Hipismo.
Felipe e Corline JMen em clique impressionante de JC Markun
Conte um pouco da sua história como cavaleiro: quando e onde começou a montar?
Eu literalmente nasci dentro Sociedade Hípica Paranaense, não em um hospital ou maternidade. Comecei a montar muito cedo com o meu pai José Juares de lima, e posteriormente meu técnico foi Eduardo Marchezzi, o Duda. Comecei a competir com 10 anos de idade.
Como foi a influência de seu pai na sua carreira?
Influência total… por ele ser cavaleiro de profissão fui muito incentivado a seguir seus passos, porém já contando com mais facilidades e oportunidades.
Quais vitórias e títulos que considera mais importantes na sua carreira?
Considero o concurso mais importante da minha carreira o CSI do Rio de Janeiro em 2005, quando ganhei o Mini Gp com o Máquina Voadora e o Grande Prêmio com o Mc Grafite.
Como você vê o esporte fora do eixo São Paulo – Rio?
Vejo São Paulo como a grande força do hipismo nacional, mas vejo que Curitiba está ganhando espaço, pois hoje a hípica tem excelente estrutura e faz grandes concursos ocupando uma boa parte do calendário hípico nacional.
Porque e quando resolveu mudar para São Paulo?
Em 2005 estava na Europa, quando recebi o convite do Marcelo Malzone para o montar o Grafite, um dos cavalos mais importantes da minha carreira. Depois veio a Corline JMen, a quem eu mais tenho que agradecer, pois tive a oportunidade de fazer ela desde potra, o que me proporcionou um crescimento profissional muito grande ao expor o meu trabalho.
Mais um clique de JC Markun da dupla Corline e Felipe
Como foi esse período por aqui e o que representou para sua carreira?
São Paulo é a minha segunda casa… O estado que me acolheu e me deu oportunidade de competir em alto nível podendo mostrar meu trabalho.
O que levou você a tomar a decisão de voltar para o Paraná?
Resolvi mudar a seis meses atrás para ficar mais próximo da família, mas também por Curitiba oferecer agora uma ótima estrutura de treinamento e competições para meus cavalos. A decisão realmente foi tomada pela saudade da família… poder estar perto dos pais, viver com os irmãos e ver os sobrinhos crescerem.
Um conselho para os atletas que montam fora do eixo São Paulo – Rio.
Aconselho aquele cavaleiro que monta fora do eixo São Paulo – Rio que tem sonho de montar num grande centro mas tem medo, que quebre essa barreira e corra atrás desse objetivo pois assim como eu com certeza o alcançará!
Hoje volto pra casa muito orgulhoso de ter representado essa federação com a qual fui campeão brasileiro sênior Top por equipe, bicampeão brasileiro sênior por equipe, campeão brasileiro de Cavalos Novos, vencendo alguns bons GPs sempre com muita honra ao representar São Paulo!
Aos presidentes, diretores e funcionários da FPH, que de uma forma ou outra me ajudaram muito nesses 10 anos, fica aqui meu muito obrigado, palavras de um atleta orgulhoso de representar sua federação! Muito obrigado!
Fonte ; FPH / Lucíola Barbosa; fotos: cedidas