Expedição de dois meses a cavalo pelas estepes da Mongólia tem final inesperado

Início da expedição: cavaleiro e os dois cavalos prontos para a partida (Foto: © Danilo Perrotti)

O cavalo faz parte da alma da Mongólia. Dos 3 milhões de habitantes que vivem no país, quase 1 milhão de pessoas são nômades. No deserto, nas estepes e nas montanhas, o cavalo é vital para os nômades. Ele permite vencer as grandes distâncias das estepes. É o principal meio de transporte para essa gente altiva que ainda troca de morada duas ou três vezes por ano. As crianças aprendem a montar aos 4 de idade.

Foram os cavalos que moldaram o país. O imperador Gêngis Khan só conquistou meio mundo após ter desenvolvido uma cavalaria vigorosa. Por isso, os mongóis respeitam muito o animal, presente nos mais diversos aspectos de sua cultura, desde as corridas de cavalos de 25 quilômetros durante a festa do Naadam até o instrumento musical nacional – o morin khuur –, um violino de duas cordas feito com a crina de cavalo.

Essa intrínseca relação entre o ser humano e o cavalo chamou a atenção de Danilo Perrotti, um mineiro de 36 anos radicado em São Paulo. Ele resolveu ir à Mongólia para realizar uma expedição solo a cavalo.

Longe de ser um marinheiro de primeira viagem, Danilo já possuía um currículo respeitável como viajante. De 2008 a 2011, deu uma volta ao mundo de bicicleta, pedalando 50.000 quilômetros por 59 países, durante três anos, três meses e três dias. Inspirado pela jornada, lançou o livro Homem livre, hoje na 3ª edição, com vendas pelo site www.homemlivre.com.br.

Durante seu périplo de bicicleta, quando passou pela Ásia, ele ouvira falar muito da Mongólia. “Fiquei fascinado pela cultura nômade e por esse povo considerado tão hospitaleiro. Foi quando resolvi que faria uma expedição a cavalo”, diz Danilo.

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Fonte: epoca.globo.com

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