Estudo feito com trinta cavalos mostra que criador não pode se descuidar de uma parte do corpo que é tão importante para a movimentação do animal.
O bom estado dos pneus é essencial para que um carro renda como o motorista quer. Nos cavalos, a situação é parecida. Um casco bem cuidado faz toda a diferença no andar e no galope. E a forma como o animal é criado pode influenciar no crescimento do casco. É o que aponta um estudo feito em Sorocaba (SP) com um grupo de 30 cavalos.
A pesquisa mostrou que cavalos criados no sistema intensivo – que ficam a maior parte do tempo em baias ou cocheiras – têm um menor crescimento dos cascos em comparação aos animais mantidos no sistema extensivo – soltos em pastos o tempo todo e semiextensivo – soltos metade do dia e presos em baias ou cocheiras no outro período.
Segundo o pesquisador Orlando Silva Filho, o maior crescimento garante cascos de melhor qualidade. E se eles são tão importantes, o criador não pode se descuidar. O uso de ferraduras, por exemplo, é fundamental.
Na hora de colocá-las, o ferrador deve aparar os cascos para que fiquem com uma superfície lisa. Em seguida, a ferradura é aquecida a uma temperatura de 500ºC e modelada ao formato do casco.
Nessa fase também são colocados os cravos, que têm uma função parecida com a das travas de uma chuteira de futebol: dar estabilidade nos momentos de movimentação intensa.
Segundo o ferrador Danilo Gabrilaitis, a instalação da ferradura não causa dor aos animais. É que a parte do casco onde os cravos são pregados não oferece sensibilidade.
FONTE: G1