Federação Equestre Internacional monitora doença entre cavalos da cidade, mas diz confiar nas garantias do Ministério da Agricultura. Competição será na próxima semana
Por Amanda KestelmanRio de Janeiro
Centro de Hipismo Deodoro: palco de evento-teste e dos Jogos (Foto: Gabriel Heusi / ME)
O evento-teste do hipismo para os Jogos Olímpicos será entre os dias 6 e 9 de agosto, com disputa de CCE (Concurso Completo de Equitação). Segundo divulgado esta semana pelo jornal ”O Globo”, dois casos foram confirmados inicialmente em cavalos do Complexo Militar de Deodoro (palco dos Jogos) e cerca de 600 animais estariam sob suspeita. Ainda segundo a publicação, o Ministério confirmou, posteriormente, 17 casos no país. Os cavalos que farão parte do evento-teste estão isolados em Barretos, São Paulo. Diante do cenário, a Sociedade Hípica Brasileira, na Lagoa, chegou a ser interditada no começo da semana .
Em nota, o MAPA reitera que não haverá problemas sanitários para a realização das disputas do evento-teste e foram adotadas as medidas necessárias para proteger a área de competições, que estão sob rigorosos cuidados de biossegurança.
O Globo: Doença contagiosa deixa sob suspeita centenas de cavalos do Exército em Deodoro
O caso:
O animal que acendeu o alerta foi diagnosticado com mormo em abril, no Espírito Santo, mas esteve em Deodoro no ano passado. Isso levou a uma primeira investigação, que abrangeu 141 cavalos no setor 4 do Complexo Militar de Deodoro. Em um deles foi detectada a proteína específica da bactéria Burkholderia mallei, que causa o mormo. Apesar do resultado positivo do exame, o cavalo não tinha apresentado sinais clínicos da doença. Outro animal teve resultado inconclusivo na prova de Western Blotting (WB) – o outro teste é o de Fixação de Complemento (FC). As análises foram feitas pelo Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro). Nenhum outro cavalo apresentou manifestação clínica da doença.
A partir daí o Serviço Veterinário Brasileiro começou a desenvolver um estudo soroepidemiológico no entorno da Escola de Equitação do Exército, junto à Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária do Rio de Janeiro (SEAPEC/RJ) e ao Exército Brasileiro. O mormo nos equinos, asininos e muares é passível de aplicação das medidas de defesa sanitária animal, sendo obrigatório o sacrifício de todos os animais acometidos desta zoonose, por se tratar de uma doença incurável.
Fonte- Globoesporte.com