Adubo para espaços públicos, clínica veterinária com equipamentos de alta tecnologia e oficina de ferraduras são algumas das marcas deixadas pelo esporte
As Olimpíadas acabaram, mas deixaram um legado para o Rio de Janeiro. O hipismo, por exemplo, é um dos esportes olímpicos que deixou importantes marcas para a cidade. Uma delas foi o Centro Olímpico de Hipismo, modernizado e ampliado somente para a Rio 2016.
O local de 1 milhão m² abrigou as arenas de adestramento e saltos além da pista de cross-country, renovadas graças a uma parceria da Rio 2016 com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). O conhecimento quanto à preparação e manutenção das instalações, além dos materiais e novos equipamentos nelas utilizados, como baias e obstáculos, são algumas das marcas deixadas pelo esporte. A ideia é que a pista e as arenas se tornem sede de futuras competições de hipismo e de aulas de salto, adestramento e Concurso Completo de Equitação (CCE).
Clínica veterinária de alta tecnologia
Para abrigar e oferecer cuidados aos mais de 200 cavalos de 43 países que foram transportados ao Centro Olímpico, foram criadas diversas instalações, entre elas, uma clínica veterinária com 1.000 m². O local ofereceu cuidados de rotina e contou com tecnologias de última ponta em patologia, endoscopia, radiografia e ultrassonografia, assim como dispensário, equipamentos para realização de cirurgia de emergência e estábulos de tratamento especializados. A clínica também ser&aac ute; completamente operacional para os cavalos que irão a Deodoro para as Paralimpíadas. Posteriormente, a instalação será mantida e deve ser utilizada para a formação de Recursos Humanos e mão-de-obra especializada.
Adubo para espaços públicos e instalação para ferraduras
Além das novas instalações erguidas, o Rio de Janeiro ganhou outro legado. Dessa vez, deixado pelos grandes parceiros de cavaleiros e amazonas que passaram pela cidade – os cavalos. As fezes dos animais serão usadas como adubo, que será utilizado em praças e parques da cidade, por meio de um processo denominado compostagem, uma espécie de reciclagem do lixo orgânico. O projeto é fruto de parceria entre a Rio 2016 e a prefeitura.
Outro ganho deixado pelo hipismo foi a construção de uma oficina de ferraduras. Desenhada e equipada por Luiz Tenorio, responsável pela Coordenação de Serviços dos Ferreiros para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, a instalação abrigou as duas equipes de ferreiros – uma brasileira e outra britânica – que trabalharam de dia à noite para manter os atletas equinos “bem calçados”. A equipe brasileira incluiu 13 voluntários ferreiros. A programação diária contou com palestras e sessões de treinamento individual, permitindo que os ferreiros brasileiros men os experientes incrementassem sua bagagem de conhecimentos. Ferreiros da equipe nacional e a equipe Rio 2016 se encontraram na oficina quase que diariamente para discutir mudanças na indústria, que tem imposto mais exigências sobre as ferraduras e os ferreiros. As discussões representam um legado não somente para o Brasil, mas também para outras partes do mundo.
Fonte: Danielle Monteiro