Assim como os atletas humanos, animais têm perfil no site oficial, mas as manias e curiosidades não são reveladas
por Tatiana Furtado
Na conta do COI, 11.502 atletas estão disputando os Jogos do Rio-2016. Porém, a contabilidade deixou de lado outros 270: os animais do hipismo, que, apesar de não serem humanos, são tão atletas quanto os outros, nas palavras de cavaleiros e amazonas. Eles podem não estar presentes nos números oficiais, mas a importância dos equinos é tanta que todos eles têm seu perfil próprio no site da competição, assim como os outros participantes bípedes. Só parece não ter dado tempo de colocar as fotos de cada um. No lugar, estão as bandeira dos países que representam.
Nome, sobrenome, apelido, tudo está lá. Assim como idade, nacionalidade, paternidade — em alguns casos também é dado o nome da mãe —, proprietário, tratador e raça. Até o número do passaporte consta na página dos animais. No entanto, diferentemente dos seus parceiros de esporte, detalhes como resultados mais importantes e interesses pessoais ficaram de fora.
Mascote de equipe britânica de hipismo – Tony Parkes / Divulgação
Apesar de não aparecer em suas biografias olímpicas, cavalos e éguas também têm suas manias, seus causos engraçados e curiosidades. A britânica Lara Griffith, que competiu na modalidade adestramento individual, por exemplo, não pode esquecer o bicho de pelúcia preferido de Rufus: um unicórnio de brinquedo.
Rufus e o bichinho são presenças constantes nas redes sociais da amazona britânica. Lara publica fotos dos dois e brinca: “Rufus e o unicórnio discutem a sessão de treinamento de hoje”, postou na sua página do Facebook um dia antes do início dos Jogos Rio-2016.
Também da equipe britânica de adestramento, o castrado Neville sofre com soluços às vésperas da competição, por nervosismo. Para amenizar a pressão, o cavalo só dorme com um pouco de feno na boca, como se fosse uma chupeta.