Marcio Appel é um dos brasileiros da equipe que disputará as provas de CCE na Olimpíada do Rio (Foto: Bruno Giufrida)
A rotina de um atleta já é movimentada: treinos, competições, viagens, mais treinos, compromissos pessoais… Agora, imagina só um atleta que ainda é empresário. O cavaleiro Marcio Appel, que disputará as provas de CCE do hipismo na Olimpíada do Rio de Janeiro, tem um rotina exatamente igual a essa.
Um dos quatro titulares da seleção brasileira do Concurso Completo de Equitação, Appel, de 37 anos, é diretor comercial da empresa de sua família, e também treina diariamente para poder seguir competindo em alto nível nas provas de hipismo, principalmente nos Jogos.
– Eu monto desde garoto, mas depois acabei optando por fazer faculdade. Tenho uma empresa da família, sou diretor comercial. O que eu faço: vou todo dia para a empresa, às 8h da manhã. Ao meio-dia, troco a refeição por montar, praticamente. Vou para a hípica de São Paulo. Monto de dois a três cavalos por dia. Isso não é muito. Gostaria de montar mais, mas tento, nessas duas horas, me manter focado com professores particulares de salto e adestramento. Nos fins de semana, dou uma intensidade maior. Estou acostumado e está dando certo – disse, ao GloboEsporte.com.
A vantagem de trabalhar em uma empresa da família é que Marcio Appel tem algumas, digamos, “molezinhas”. Antes da Olimpíada, por exemplo, ele passou meses treinando na Inglaterra com os demais cavaleiros brasileiros da equipe convocada.
– Às vezes, é difícil conciliar os compromissos. Viajo bastante. Como tem o meu irmão também, e ele também é cavaleiro de salto, tentamos conciliar. Fiquei nesse período na Inglaterra treinando (risos) – completou.
O esforço de Marcio Appel não é à toa. Não só ele, como Carlos Paro (36 anos), Marcio Carvalho Jorge (41 anos) e Ruy Fonseca (43 anos), além do reserva Nilson Moreira (40 anos), intensificaram a preparação nos últimos anos. Tudo isso para tentarem fazer bonito na Olimpíada em busca da primeira medalha brasileira no CCE.
– A preparação não poderia ter sido melhor. Contratamos o técnico Mark Todd, que é o melhor cavaleiro do mundo. Está se mostrando ser o melhor técnico do mundo. É o cara mais experiente. Ele, além de trazer a parte técnica, trouxe a mentalidade campeã. Já ganhou duas medalhas de ouro no individual. Além desse desenvolvimento técnico, o importante é saber que podemos ser protagonistas e não coadjuvantes – finalizou o cavaleiro.
As disputas do CCE estão marcadas para os dias 6, 7, 8 e 9 de agosto – os dois primeiros dias são de adestramento, o terceiro de cross country e o quarto de salto.
Globo Esporte