RODRIGO PESSOA FOI INJUSTAMENTE OMITIDO DA EQUIPE OLÍMPICA? GEORGE H. MORRIS REPONDE

RodrigoPessoa Aachen

Rodrigo Pessoa e Status fizeram 18 pontos no Grand Prix Rolex de Aachen, em 17 de julho de 2016.

Com a pressão extra por ser país anfitrião e com um time de cavaleiros que incluiu novatos e veteranos Olímpicos, a seleção da equipe de salto do Brasil vem tendo uma  importância extra. Desde 02 de janeiro deste ano, quando George H. Morris foi nomeado treinador da Seleção Brasileira Olímpica, todos os olhos estiveram voltados para Mr. Morris e como ele vem estudando e trabalhando com os cavaleiros brasileiros.

Em 18 de julho, a equipe de saltos foi anunciada: Eduardo Menezes com Quintol, Pedro Veniss com Quabri D’Isle, Alvaro Alfonso de Miranda com AD Cornetto K e Stephan de Frietas Barcha com Landpeter do Feroleto. Rodrigo Pessoa e Cadjanine Z foram nomeados como reserva, com Felipe Amaral e Carthoes Z como segundo reserva.

Para surpresa de muitos, Pessoa foi deixado fora do time top. Ele que é quatro vezes veterano olímpico e medalhista olímpico três vezes. Criou-se um alvoroço quando a lista Olímpica de Saltos definitiva foi inicialmente divulgada sem o nome de Pessoa. Na manhã seguinte, a lista foi atualizada com o nome de Pessoa como primeira reserva, porém o cavaleiro brasileiro já havia falado ao site francês studforlife.com, ridicularizando a decisão de Morris e duvidando publicamente da capacidade de Barcha de 25 anos de se apresentar em nível olímpico. Ele apontou para sua própria carreira como razão suficiente para ser nomeado para a equipe, e declarou que não iria enviar o seu cavalo para o Rio como reserva.

Morris, que é um veterano de vários Jogos Olímpicos como cavaleiro, instrutor e Chefe de Equipe dos Estados Unidos, está bem ciente da importância de selecionar a equipe certa. E explicou porque ele está confiante de que ele tomou a decisão correta na escolha da Seleção brasileira olímpica. Leia:

NoelleFloyd.com: Rodrigo se manifestou contra a sua seleção para a Equipe Brasileira para a Rio 2016. Como você fez a escolha da equipe para os Jogos Olímpicos deste ano?

George H. Morris: Eu cresci em uma época em que você tinha que mostrar preparo e você tinha que mostrar a forma atual. Rodrigo sendo selecionado como o quinto cavaleiro da Equipe do Brasil aconteceu por causa do cavalo. Claro que eu queria Rodrigo na equipe. Mas sua égua Cadjanine passou por uma cirurgia no início do ano e não é tão cuidadosa, e os resultados do Status tivera muitos altos e baixos.

Eu tinha um critério. Havia dois eventos importantes: Falsterbo e La Baule. Stephan Frietas De Barcha fez pistas limpas em ambos os eventos da Copa das Nações e zero em Falsterbo no Grand Prix com uma penalização de tempo.

Eu cresci em um país democrático onde os cavaleiros têm e sempre tiveram que mostrar a sua forma atual. Os cavaleiros e os cavalos devem ter um bom desempenho nos eventos de observação e estarem em forma no presente momento. Para os Jogos Olímpicos de Londres em 2012, cavaleiros americanos como McLain e Beezie tiveram que mostrar que estavam em forma naquele momento para serem nomeados na equipe.

Nomear Rodrigo como a reserva é realmente uma situação de cavalo. Stephan é um bom cavaleiro e ele tem mostrado que ele pode montar bem sobre pressão. A escolha foi realmente bem objetiva.

Grandes lendas do esporte como Ludger Beerbaum e John Whitaker têm que ainda conquistarem as suas posições na equipe. Rob Ehrens, técnico da Holanda, teve seis cavaleiros na lista este ano, e Jeroen Dubbledam teve que continuar a conquistar o seu lugar para ser nomeado para a equipe para ir ao Rio.

NF: Você acha que Rodrigo assumiu demais em supor que ele seria nomeado para a equipe para o Rio por causa de tudo o que ele conquistou?

GHM: Eu acho que é um pouco da cultura. Você não vê essa cultura na Holanda ou na Inglaterra e certamente não nos Estados Unidos, definitivamente não nos Estados Unidos. Will Simpson e Laura Kraut tiveram que conquistar as suas posições para a equipe dos EUA para Pequim em 2008. Eles mostraram forma atual! Não era sobre o quão bem seus cavalos fizeram há 18 meses. No meu país, você tem que mostrar forma atual.

NF: Você sabe se Rodrigo vai participar nos Jogos Olímpicos deste ano como o quinto cavaleiro ou se ele irá recusar-se a participar como reserva ?

GHM: Eu não posso responder a isso. Eu já ouvi as duas opções. Independentemente da opção que aconteça é bom pra mim. Se Rodrigo vai para o Rio, é realmente uma escolha pessoal. Se eu fosse Rodrigo ou se eu fosse Ludger ou John, eu gostaria de ir com um cavalo superior para que eu pudesse realmente ter chance. Tive uma longa conversa com Rodrigo um dia antes do Grand Prix Aachen e eu lhe disse que, se eu estivesse no lugar dele, eu gostaria de ir com um  um cavalo com chances reais. É a sua decisão se ele vai ou não.

Estes cavaleiros tiveram anos para se prepararrem e eles sabiam que precisavam se preparar.

Eu acho que cavaleiros como Ludger, Rodrigo, McLain, com esse tipo de experiência, só devem querer ir a menos que eles tenham chances reais.

Se ele sente que gostaria de ir como o quinto cavaleiro ou dar o lugar a um cavaleiro mais jovem é a decisão de Rodrigo, mas  qualquer que seja a opção dele está bom para mim.

NF: Você sente que caiu a preparação dos cavalos de Rodrigo este ano?

GHM: você sabe,”smoke and mirrors may have worked before”, mas isso não é justo com as outras pessoas. Haviam quatro pessoas que realmente mereciam aquele lugar.

Ao selecionar um time, você trabalha de cima para baixo. Você olha para uma pessoa e diz “Eu não posso deixá-la fora “, então você olha para outra pessoa e diz ‘”Eu não posso deixá-la fora” e você trabalha com cavaleiros que você não pode deixar de fora da lista final. Foi assim que a nossa equipe de Los Angeles [1984] foi selecionada e como eu escolhi as equipes para os Jogos Olímpicos de Los Angeles. Eu não poderia deixar de fora Conrad ou Joe Fargis. No final, Anne Kursinski foi nomeada reserva. Para qualquer outra equipe, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, Anne teria sido titular na equipe.

Não é nada contra o Rodrigo como cavaleiro. Eu tenho uma amizade de 60 anos com Nelson, seu pai, e apesar de eu não vê-la tão frequentemente como eu gostaria, eu tenho uma amizade muito boa com a mãe de Rodrigo, Regina. Eu tenho muito respeito pelos PESSOAS. Eu admiro muito o Rodrigo como cavaleiro. Eu não poderia dizer uma coisa ruim sobre a equitação de Rodrigo. Esta decisão foi simplesmente uma decisão da combinação cavalo e cavaleiro.

Fonte: site – www.noellefloyd.com

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