RIO 2016 | Hípica Paulista recebe última observatória olímpica de Adestramento no país. Três atletas voltaram a garantir índice olímpico e acirram a disputa pela vaga no Time Brasil nos Jogos Rio 2016. Amazona de 18 anos pode realizar o sonho olímpico.
A grande e jovem vencedora Giovana Pass com seu Zingaro de Lyw (Luis Ruas)
O Grand Prix, válido como qualificativa e observatória olímpica, agitou a abertura do Concurso Internacional e Nacional de Adestramento na Sociedade Hípica Paulista na manhã dessa sexta-feira, 3/6. Mais uma vez o mesmo trio de cavaleiros em atividade no país registrou o 3º índice olímpico (mínimo ou mais de 64% de aproveitamento junto a um juiz olímpico e na média final). Sagrou-se vencedora, a jovem amazona Giovana Pass, de apenas 18 anos, montando Zingaro de Lyw, conjunto que também venceu o Grand Prix na primeira das três observatórias olímpicas da modalidade.
Em 2º lugar chegou Sarah Waddel, integrante da equipe medalha de bronze no Pan 2015, com sua nova montaria Quixote Arco Polo Z, 66,400%. Já o 3º posto coube ao cavaleiro olímpico Leandro Silva, 6º individual e medalha de bronze no Pan 2015, montando Di Caprio, 65,880%.
Dessa vez, o julgamento esteve em excelente mãos com a mexicana Maribel Alonso, que vai presidir o juri no Adestramento nas Olimpíadas Rio 2016, e o britânico Stephen Clarke, presidente do juri em Londres 2012 e que também volta a integrar o juri no Rio. O belga Freddy Leyman, o chileno Max Piraino Lyon e a brasileira Claudia Mesquita completaram os grupo de juízes no Grand Prix.
“Para mim por hoje a sensação é de missão cumprida. Achei que de todos meus Grand Prixs, com certeza, esse foi o melhor. Vim de um GP bom, melhorei no GP Especial, depois fiz um GP igual ao primeiro e um GP Especial melhor. Fiquei satisfeita com a minha nota de hoje, acho que fez sentido”, conta Giovana, que aos 18 anos, pode realizar seu sonho olímpico.
“Desde pequeninha, eu tinha o sonho de ir para uma Olimpíada. Quando vi o Rodrigo Pessoa saltando a Olimpíada de 2004, falei mãe: quero ser uma amazona olímpica. Ela respondeu: legal, mas antes vamos treinar um pouquinho”, lembra a amazona, que monta desde a infância e há cinco anos treina com o renomado português Paulo Caetano.
“Agora meu sonho está muito real”, acrescenta Giovana, que formou par com Zyngaro de Lyw, um lusitano de 12 anos, há apenas um ano. “Ele era montado pela Maria, filha do Paulo Caetano, e desde a primeira vez que o montei tivemos uma sincronia muito rápida. Além do Paulo, o Zyngaro, que já faz Grand Prix há quatro anos, tem me ensinado muita coisa. Somos como irmãos, sei lá, gêmeos.. “, brinca.
“Acho que fiz um bom papel, elevei a nota do cavalo e mesmo que não vá para os Jogos, vou torcer para quem for convocado, porque acima de tudo a gente quer que o Brasil vá bem”, destacou Giovana. “Quero agradecer muito a todos que torceram e acreditaram em mim desde o começo.”
Nessa sexta, além do Grand Prix, também foi disputada o Série Small Tour pela série Internacional, com a reprise São Jorge que teve vitória da experiente amazona Pia Aragão montando Baldor Interagro, totalizando 68,421%.
Formação da equipe
Ao mesmo tempo, um forte grupo do Adestramento brasileiro disputa uma vaga na equipe brasileira em Concursos no circuito europeu dentre os quais outros cinco atletas já computam o mínimo e mais de dois índices olímpicos: os quatro irmãos Tavares de Almeida: Luiza, amazona que já tem duas participações olímpicas, os gêmeos Pedro e Manuel , a primogênita Thaisa, e João Victor Oliva, atual campeão sul-americano e integrante do Time Brasil no Pan 2015.
O Internacional e Nacional de Adestramento na Hípica Paulista segue até domingo, 3/6. A entrada é franca.
Sociedade Hípica Paulista
Rua Quintana, 206
Brooklin Novo – São Paulo