Você sabe quanto de proteína o seu cavalo deve consumir? Excessos e deficiências na dieta e, como determinar o quanto de proteína ele precisa por dia.
Excessos e Deficiências:
Os cavalos que recebem quantidades inadequadas de proteína em sua dieta podem sofrer vários efeitos prejudiciais, como: deficiência no crescimento e desenvolvimento, redução de apetite, perda de score corporal, deficiência no casco, deficiência energética, e problemas de pele e pelo associados a queda. Éguas prenhas com deficiência de proteína estão mais sujeitas a aborto, queda de produção na lactação. Degeneração muscular, especialmente nos grandes grupos musculares da garupa, e muitas vezes começam apresentar comportamento de coprofagia. As ingestões reduzidas de proteína na dieta causam deficiências, fazendo com que o organismo do cavalo se esforce para encontrar um meio compensatório.
As deficiências normalmente ocorrem quando a pastagem e/ ou fornecimento de volumoso é pobre em nutrientes e não está associado a nenhum outro tipo de complemento alimentar por um período de tempo prolongado. Com uma dieta balanceada e correta a maior parte dos sinais da deficiência proteica nos cavalos adultos é compensada em algumas semanas. O dano causado num cavalo em crescimento, no entanto, pode ser mais severo.
O mais comum, e igualmente prejudicial, é o excesso de proteína na dieta, especialmente em cavalos adultos que recebem uma sobrecarga no equívoco de que a proteína é igual a energia.
O excesso: A proteína que não é utilizada imediatamente pelo organismo do cavalo é dividida para liberar átomos de nitrogênio, esses átomos ligam-se a amônia e uréia. Essas são excretadas pela urina, o que leva a um aumento de ingestão de água, aumentando a micção, associada a um odor forte e característico de uréia. Antes de serem excretadas, elas são filtradas pelo sangue, sobrecarregando os rins. Estes processos diminuem a função renal, e a amônia e ureia que não foram filtradas pela corrente sanguínea sobrecarregam o fígado e rins.
Queda na performance atlética é um outro fator causado pelo excesso de proteína na dieta. Recentemente foi demonstrado que cavalos com pH arterial baixo em repouso ou durante exercícios físicos foram alimentados com um nível elevado de proteína. Além disso, o excesso de proteína pode interferir na absorção de cálcio e fósforo. Pesquisadores diferem, no entanto, quanto uma dieta rica em proteína pode causar e quanto tempo leva para os sinais da intoxicação aparecerem. Há evidencias que determinam os efeitos nos cavalos em crescimento – um estudo mostra que potros em lactação e desmamados alimentados com 25% a mais que o recomendado tiveram a taxa de crescimento mais lenta e uma incidência maior no desenvolvimento ósseo e problemas articulares.
Quanto é suficiente?
Qual o nível apropriado de proteína para o seu cavalo? A quantidade de Proteína Bruta na dieta varia de acordo com a necessidade de cada cavalo, (mas a primeira pergunta é: seu cavalo está em crescimento?) assim como a digestibilidade e biodisponibilidade da proteína na dieta consumida. Como regra geral um valor de 0,60g de proteína digestível ( 1,26g de proteína) por Kg do peso vivo por dia é adequada para a maioria dos cavalos adultos para uma manutenção do metabolismo.
Éguas prenhas não necessitam de suplementação proteica no primeiro trimestre, mas a partir do quinto mês, quando o feto atinge seus 60- 65% de crescimento, as necessidades de proteína aumentam.
A Lactação exige níveis de proteínas ainda mais elevados. O teor de proteína do leite da égua é maior logo após o parto e diminui gradualmente pelo período de lactação. Num estudo éguas lactantes foram alimentadas com menos de 2,8g de Proteína Bruta/ kg de PV por dia, elas perderam peso e produziram menos leite em ralação às éguas alimentadas com pelo menos 3,2g de Proteína Bruta/ kg de PV/ dia.
Deficiência de proteína nas dietas das éguas também tem um efeito adverso no crescimento e desenvolvimento dos potros. Após os três meses de lactação, as éguas produzem pequenas quantidades de leite – e os potros começam a comer mais alimentos sólidos. Nesse momento, um retorno aos níveis de proteína regulares é apropriado para a maioria das éguas.
Alguns pesquisadores acham que, durante a época de reprodução, garanhões também podem se beneficiar de um maior nível de proteína na dieta, que foi mensurado na estação de monta. E o exercício pesado (como corrida, de três dias de eventos, ou corridas de endurance) faz aumentar as necessidades de proteína na dieta de cavalos adultos, para suportar o desenvolvimento e aumento de massa muscular, e para substituir nitrogênio perdido no suor. Mas o total é bastante justo – apenas 1% a 2%.
Qual alimento oferece a melhor proteína? As fontes animais, como leite, proteína do ovo, e mesmo peixe e farinha de carne, oferecem o melhor perfil de aminoácidos e os mais altos níveis de lisina. A proteína do leite é usada freqüentemente como a principal fonte de proteína nos alimentos dos potros, porém é muito cara (os cavalos adultos são muito menos sensíveis às diferenças de qualidade de proteínas), é raramente encontrado em alimentos para animais adultos.
Entre as fontes vegetais, a soja e o farelo de canola são os próximos melhores, eles são os dois únicos produtos de proteína vegetal que contêm quantidades adequadas de lisina e metionina. Outras fontes de proteína são a farinha de linhaça e farelo de algodão, têm perfis de aminoácidos, porém geralmente pobres e suplementados com aminoácidos, adicionados pelo fabricante do alimento.
Os próprios grãos (como aveia, milho e cevada) podem conter entre 8% e 20% de proteína, mas é de má qualidade, que é a razão pela qual a maioria das empresas de alimentação de adicionam um suplemento de proteína de alta qualidade para seus alimentos “equilibrados” (melaços, pellets, e outros pré-mix). Se os fabricantes têm cumprido com o seu trabalho, as rações devem conter, no mínimo, 0,65% de lisina (com base na matéria seca). Se este nível não está presente, mais alimento será necessária para obter os mesmos resultados (particularmente com cavalos jovens em crescimento). Proteína, enquanto uma parte crucial da dieta dos cavalos, tem que ser visto numa perspectiva, como apenas uma parte de um trabalho total de um esquema nutricional.
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M.V.Liana Lepka
Supervisora Tecnica Royal Horse
SAC 08007041241