Brasil faz uma das melhores participações da sua história em Jogos Equestres Mundiais

 

Com equipes em sete das oito modalidades em disputa, Brasil mostra evolução técnica e que está próximo das grandes potências

 

Caen (França) – Os Jogos Equestres Mundiais na Normandia encerraram-se neste domingo (07/09) com o último dia da prova de saltos. A Holanda, que já havia levado o ouro por equipes, subiu ao topo do pódio mais uma vez com Jerome Dubbeldam, que foi o grande campeão do rodízio. Com quatro percursos sem faltas, o cavaleiro holandês, campeão olímpico no individual em Sydney 2000, conquistou o inédito título da carreira. A prata ficou com o francês Patrice Delaveau ( 1 ponto) e o bronze com a americana Beezie Madden (12 pontos). Apesar do Brasil não ter subido ao pódio, foi observada uma evolução técnica, estando próximo a grandes potências do esporte. O presidente da Confederação Brasileira de Hipismo Luiz Roberto Giugni comentou a participação brasileira.

” De um modo geral eu estou muito contente com o resultado do Brasil. Pela primeira vez, tivemos um esquema profissional na parte organizacional. Como tivemos o projeto do Mundial aprovado na lei de incentivo ao esporte e apoio do BNDES, conseguimos trazer profissionais de diversas áreas com o objetivo de capacitação e aperfeiçoamento, o que sem dúvida, deu mais estrutura e tranquilidade aos nossos cavaleiros.”

SALTOS – “Tínhamos aqui os cinco melhores cavaleiros do Brasil no momento. Tirando a fatalidade do Doda do primeiro dia (queda), conseguimos nos recuperar, dar a volta por cima e eu considero como se tivéssemos tido uma medalha, pois ficamos apenas 0.23 pontos dela. Nosso próximo objetivo é a Copa das Nações em Barcelona, no mês que vêm, e por isso o Marlon, Pedro e Rodrigo acabaram poupando os cavalos na segunda passagem de ontem, quando viram que não tinham mais chances de medalhas. Em Kentucky, no último Mundial, eu diria que foi um resultado falso ( quarta posição por equipes) e este aqui é o real. É só pegar a diferença de pontos dos Estados Unidos para este aqui. Temos a fotografia real do que é hoje aqui. Eu nunca vi uma equipe tão unida, tão forte e vamos continuar trabalhando para lutar por uma medalha nas Olimpíadas”.

Resultado – 5º por equipes – Rodrigo Pessoa (21º) e Marlon Zanotelli ( 23º)

CCE – O Concurso completo de Equitação teve um resultado impecável. Acabamos em sétimo lugar, um dos melhores resultados da história ( o melhor em Mundiais). Nós tivemos um problema com a égua do Márcio Jorge que sofreu uma lesão na véspera da competição e não pôde participar do Mundial.Perdemos um conjunto mas ganhamos outro, pois o desempenho do Gabriel Cury foi uma grata surpresa. Mesmo com três conjuntos e sem descartes, ficamos na sétima colocação, na frente de grandes potências. Eu acredito muito numa medalha do CCE nos Jogos Olímpicos do Rio, principalmente pelo trabalho que o Mark Todd vêm fazendo com a equipe.

Resultado: 7º por equipes – Ruy Fonseca 39º – Gabriel Cury 42º e Marcelo Tosi 53º

O Brasil subiu para a sétima colocação no CCE depois da comprovação do doping do cavalo Qalao des Mers do francês Maxime Livio para uso de sedativo. Ele havia conquistado a quarta colocação por equipes e quinta posição no individual. O outro caso de doping foi no enduro com uso de anti-inflamatório no cavalo Tra Flama, da sul-africana Giliese de Villiers.

ADESTRAMENTO – “Foram feitos dois trabalhos, tivemos alguns cavaleiros mais experientes que já faziam GPs e outros mais jovens. Foi feito um grande trabalho na categoria de base mas uma coisa ficou clara: os nossos cavalos têm qualidade desproporcional aos outros. Precisa ter investimento. Alguns atletas já estão morando na Europa e a ideia é que fiquem uns dois anos. O histórico de resultado mostra que nós precisamos de cavalos mais competitivos”.

Resultado: 24º por equipes e sem atletas na final

INVESTIMENTO EM CAVALOS – “Nós temos investimento do Governo Brasileiro, através das leis de incentivo, mas não é simples ter recurso de verba pública quando o assunto é comprar cavalo. Mesmo que a gente comprasse os melhores cavalos daqui, quem garante que eles estariam nos Jogos Olímpicos. Então, não me sinto confortável em usar recurso público para comprar cavalos. Precisamos que os proprietários invistam, como por exemplo fez a família do Pedro Veniss para este cavalo dele. Temos que entrar em contato com grandes comerciantes de cavalos. O investimento que a CBH pode fazer é com capacitação da equipe e trabalho de base. Isso sim, nós estamos e vamos continuar fazendo. Nós estamos utilizando os Jogos Olímpicos como grande pilar e trabalhar os projetos dentro das expectativas. Atualmente temos o Brasil Medalhas em que apoia os cinco cavaleiros brasileiros mais bem colocados no ranking em termos de equipamentos, infra-estrutura e despesas de competição. No Brasil, estamos fazendo o que podemos, elevando o nível dos concursos. Pela primeira vez, temos um ranking do Campeonato Brasileiro patrocinado ( Hyundai) e um circuito Indoor com a Gerdau. Enquanto isso na Europa, tem campeonato três, quatro, cinco estrelas toda semana. Temos que acabar com esta história de cavaleiros brasileiros e europeus. O apoio está sendo dado, basta agora cada um se ajudar e correr atrás”.

ENDURO – “O resultado foi excelente. Tivemos dois cavaleiros entre os 20 melhores classificados dos 166 que largaram. Se tivéssemos chegado com mais um, seríamos medalha”.

Resultado: (Rafael Salvador – 16ª posição e André Vidiz -18ª colocação)

RÉDEAS – “Foi o melhor resultado da história. Classificamos dois cavaleiros para a final, ficamos em sétimo por equipes e tivemos o melhor resultado individual com Paulo Khoury em 13º”.

VOLTEIO – “A equipe foi toda renovada para este Mundial. Sabemos que temos que melhorar em alguns fundamentos mas vimos que podemos chegar mais longe, pois ficamos muito perto da final. A equipe ficou em 13º lugar a uma posição de passar para a final”.

FEI – “Hoje temos uma relação de mais respeito com FEI. Estamos trabalhando no grupo 6 para trazer mais benefícios para a região da América do Sul. Ter concursos mais fortes, que pontuem para o Ranking da FEI. No Brasil, já estamos fazendo isso”.

PARA-EQUESTRE – ” Estamos trabalhando em conjunto com o Comitê Paralímpico Brasileiro. Estávamos com vários cavalos novos aqui e a medida que nossos cavaleiros forem fazendo conjuntos com eles, teremos resultados melhores”.

Resultado: 12º por equipes e não classificou para a final.

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Com a melhor apresentação entre as 31 equipes, Brasil salta da 12ª para a 5ª posição e está a aproximadamente duas faltas da líder Holanda; Cinco equipes se classificarão para os Jogos Olímpicos do Rio amanhã

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Caen (França) – Nada como um dia após o outro. Depois do início difícil ontem, a equipe brasileira deu a volta por cima e segue sonhando com a inédita medalha por equipes nos Jogos Equestres Mundiais. O Brasil foi a equipe com o melhor resultado nesta quarta (03/09), fazendo três percursos limpos e outro com apenas uma falta, saltando da 12ª para a 5ª colocação (12.95) na classificação geral. A Holanda está na liderança com 4.83, seguida dos Estados Unidos com 8.72 e Alemanha com 8.82.

O paulista Pedro Veniss / Quabri de L Isle foi o primeiro brasileiro a entrar na pista do Estádio D`Ornano e cometeu uma falta. “O percurso hoje está mais técnico do que o de ontem. Meu cavalo saltou bem, eu é que não cheguei da maneira certa no triplo e acabamos fazendo a falta”, comentou Pedro.

Depois foi a vez de Doda Miranda / AD Rahmannshof’s Bogeno. E como ele havia prometido, fez um percurso sem faltas.

“Acho que foi o zero pontos mais importante da minha vida. A minha queda de ontem quando a equipe contava com um resultado positivo meu, foi um baque grande. Mas ao receber todo o apoio da minha família, dos meus companheiros de equipe consegui buscar forças para entrar na pista hoje e fazer este percurso sem faltas. O carinho do público comigo aqui, também me fortaleceu. Eu tive muita fé e pedi a Deus para tudo o que eu aprendi e me dediquei até hoje, eu pudesse mostrar na pista aqui. E com o cavalo maravilhoso que tenho, foi muito importante ter dado esta pista para os brasileiros e para os meus companheiros de time. Não deixei que a minha dor de ontem atrapalhasse a equipe”, disse Doda emocionado.

“Acho que o que aconteceu comigo serve de lição para todo mundo. Temos que ter tranquilidade e acreditar, encontrar a garra e seguir adiante”, completou o medalhista olímpico.

O maranhense Marlon Zanotelli / AD Clouwni foi o terceiro conjunto verde e amarelo a disputar a prova com obstáculos a 1.60m e arrancou aplausos da torcida com um belo zero pontos.

“Estou muito contente com o percurso do meu cavalo. Hoje eu sabia que era uma prova melhor para ele. Só de estar aqui já é um sonho realizado para mim, mas dentro da pista procuro não pensar que é um Mundial e sim um concurso qualquer”, contou Marlon que ao sair da pista comemorou bastante o resultado com Doda Miranda. ” Eu falei para o Doda que ele era o cara da equipe. Ontem chocou a gente com aquela queda e hoje fez um percurso incrível. Estou muito feliz em fazer parte desta equipe que está muito unida”, completou o maranhense.

O campeão olímpico e mundial Rodrigo Pessoa / Status fechou a participação da equipe brasileira, que precisava fazer um percurso limpo para garantir o Brasil no Top 5. E dos 150 conjuntos que disputaram a prova de hoje apenas 20 fizeram zero pontos, entre eles três brasileiros ( Doda, Marlon e Rodrigo).

“Eu entrei confiante e o meu cavalo respondeu super bem. Sabíamos que precisávamos destes três zeros para seguir na briga. Ontem tínhamos perdido uma batalha mas não a guerra e fizemos hoje o que a gente tinha que fazer. Agora é tentar melhorar ainda mais um pouco amanhã, mesmo sabendo que será um percurso bastante difícil”, disse Rodrigo Pessoa.

As 10 melhores equipes se classificaram para a final. Holanda, Estados Unidos, Alemanha, França, Brasil, Canadá, Suécia, Irlanda, Colômbia e Ucrânia irão disputar o título, além das cinco vagas para os Jogos Olímpicos do Rio ( a exceção do Brasil que já está classificado por ser país sede). No individual, 50 cavaleiros disputam a prova amanhã e o Brasil está com Rodrigo Pessoa em 15º, Marlon em 22º e Pedro Veniss em 31º. Os 30 melhores conjuntos na prova desta quinta, classificam para sábado (06/09).

Um acidente com o chileno Tomas Correa deixou o público apreensivo depois que ele caiu do seu cavalo Underwraps no obstáculo de número nove e foi levado ao hospital de ambulância. Segundo informação da FEI, ele está consciente e está fora de risco de morte.

No volteio, o Brasil apresentou-se com os exercícios livres nesta quarta. A equipe brasileira foi formada por por Clara Zerwes Tremblay, Fernanda Dib Gabriel, Gabriela do Amaral Pena, Izac Silva de Araújo, Marina Guedes Gargantini, Olivia Tavares Vieira da Cunha, Thais Reinhart Tavares Paes e Yasmin Rossini Rahm e somou 6.679, terminando na 13ª colocação. Por pouco, não entrou na lista dos 12 finalistas. A Alemanha está em primeiro com 8.390, seguido da Suíça com 8.357 e Áustria com 7.907. Com o resultado, o Brasil encerrou a sua participação nos Jogos Equestres Mundiais nesta modalidade.

” Eu estou contente com o resultado, pois foi tudo dentro das expectativas. Hoje nós fizemos o que podíamos fazer e por isso acho que foi excelente”, contou a chefe de equipe Maria Luiza Giugni.

A mascote da equipe Clara Tremblay, de apenas nove anos, comentou da ansiedade de participar de um Mundial tão jovem:” No começo eu estava nervosa, mas depois eu relaxei”, contou Clarinha, como é carinhosamente chamada pelos companheiros de equipe.

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