O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) divulgou, na última terça-feira (20), a definição dos testes diagnósticos para o Mormo. A inclusão do ELISA como teste de triagem deve diminuir os contratempos e prejuízos causados pela doença, visto que agiliza o processo de análise.
Segundo Portaria publicada no Diário Oficial da União, novos credenciamentos de laboratórios para realização do teste de triagem para mormo devem ser realizados exclusivamente para o ELISA. Os laboratórios que estão credenciados para realização do FC têm até dois anos para solicitar a alteração de escopo e passar a realizar o ELISA.
O ELISA vai facilitar o processo. Tivemos, no passado recente, muitos casos de exames de mormo inconclusivos, sujeitando haras e hípicas afetados a passarem um bom tempo interditados. Devido à maior sensibilidade do ELISA, os casos inconclusivos tendem a desaparecer. Assim, o fluxo de animais entre os diversos estabelecimentos ficará mais preservado, afirma a médica veterinária Claudia Leschonski.
A médica veterinária Marise Piotto acrescenta: Os testes realizados pela técnica de ELISA são mais modernos do que a fixação de complemento, e com resultados mais confiáveis. Ainda assim, acredito que neste momento de transição muitas dúvidas ainda surgirão, devendo ser sanadas através de contato com os órgãos competentes. De qualquer maneira, o uso do ELISA significa um passo à frente no controle da grave zoonose que é o mormo.
É importante ressaltar que o Mormo continua incurável, sua notificação é mandatória e o sacrifício de animais que testarem positivos para a doença é obrigatório por lei. Ainda deve demorar algum tempo até que a adoção do teste ELISA seja implantada na prática, pois diversos ajustes técnicos e logísticos ainda acontecerão, incluindo a publicação de novas portarias pelo MAPA.
Claudia Leschonski CRMV- SP 5.953
Integrante da Comissão de Equideocultura do CRMV-SP
Marise Piotto CRMV-SP 12.848
Fonte: ABC Paint