Prefeitura e construtora estão em litígio por conta de rescisão de contrato
Enquanto Prefeitura do Rio de Janeiro e a construtora Ibeg travam uma batalha por conta da rescisão do contrato da obra do Centro Olímpico de Tênis, a preparação de outra instalação olímpica sob responsabilidade da empresa é prejudicada. Está praticamente parada a reforma do Centro Nacional de Hipismo, em Deodoro, necessária para a Rio-2016.
Orçada em R$ 157 milhões, a obra começou em julho do ano passado e deveria ser concluída até junho de 2016. Hoje, entretanto, quase não se vê operários trabalhando para conclusão da reforma olímpica.
“Não tem quase ninguém trabalhando. A obra mesmo está parada”, relatou um operário, que não quis se identificar. “Até novembro do ano passado, eram mais de 200 pessoas trabalhando aqui. Hoje, se tiver 30 é muito. E não há o que fazer. Ninguém está aqui nos dando as tarefas e dizendo o que cada um deve assumir”.
A reforma do Centro Nacional de Hipismo para a Olimpíada compreende adaptações nas pistas de saltos e da modalidade cross-country. Também prevê a construção de novas baias e uma nova clínica veterinária para atender aos cavalos que competirão no Rio de Janeiro, em agosto deste ano.
As obras nas pistas até foram concluídas, de acordo com alguns operários. Em agosto do ano passado, um evento-teste de hipismo chegou a usar os equipamentos esportivos. Acontece que as obras das estruturas de apoio ainda não foram finalizadas. Segundo os funcionários da Ibeg, não há mobilização para a entrega das construções.
“Sou um dos poucos que restou aqui. As obras estão paradas”, contou outro funcionário. “Muita gente já foi transferida para outra obra da empresa, na Urca. A gente que ficou tem medo de acabar demitido, ficar sem emprego. Essa briga entre a prefeitura e a empresa assusta, não é? Nós somos o lado mais fraco”.
Na última sesta sexta, 15/01, o prefeito Eduardo Paes afirmou que não é intenção da prefeitura romper o contrato do Centro de Hipismo com a Ibeg. “Queremos que as obras sejam concluídas dentro do preço pactuado com a empresa”, disse.
Fonte: UOL