Melhor nota da história para João Victor Oliva, Time Brasil de Adestramento, em Tóquio

Após ser o primeiro brasileiro na Vila Olímpica em Tóquio, João Victor Macari Oliva montando Escorial Horsecampline também foi o nº 1 no picadeiro no Parque Equestre Baji Koen, em Tóquio, na modalidade adestramento que abriu as disputas do hipismo nesse sábado, 24/7.

Com a nota média geral de 70,419%, em sua segunda participação olímpica João Victor, 25, montando Escorial, um garanhão lusitano de 12 anos, atingiu o objetivo de superar seu próprio resultado nos Jogos do Rio 2016, quando também fez a melhor nota do Time Brasil de Adestramento, 68,071%.

Melhor nota da história para João Victor Oliva, Time Brasil de Adestramento, em Tóquio
João Victor Macari Oliva com Escorial Horsecampline abriu a disputas do hipismo nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Dos sete juízes que avaliaram João Victor Oliva e Escorial Horsecampline, cinco avaliaram o conjunto com notas acima de 70%: 72,065% com a austríaca Susan Hoevenaars, 71,739% com o britânico Andrew Gardner e o sueco Magnus Ringmark, 70,652% com a norte-americana Janet Foy, 70,109% com o holandês Francis Verbeck. Hans-Christian Matthiesen, da Dinamarca, avaliou a dupla com a nota 68,370% e Katrina Wuest, da Alemanha, 68,261%.

“O resultado foi dentro do que esperava. Fiz um errozinho, em um zigue-zague a galope que tem peso dois. Porém estou muito contente, senti o cavalo muito bem lá dentro. Sempre tem alguma coisa para acontecer. Nunca é perfeita a prova, então a gente tem sempre que melhorar com os erros e aprender com eles”, avaliou João, treinado pelo alemão Norbert van Laak e que em Tóquio também contou com as dicas da chefe de equipe Sandra Smith de Oliveira Martins.

Melhor nota da história para João Victor Oliva, Time Brasil de Adestramento, em Tóquio
João Victor e Escorial: parceria formada em setembro de 2020 e que vem evoluindo a cada dia

“Tivemos uma pontuação boa, mas mesmo assim a gente não se contentar, mas tentar melhorar na próxima. O cavalo está comigo há pouco tempo e ele se comportou muito bem lá dentro, ” destacou o brasileiro. “Fui o primeiro a chegar na Vila Olímpica e o primeiro a competir do hipismo. O nº 1 está me perseguindo, quem sabe um dia eu fique em primeiro lugar no pódio”, brincou João, mas a meta é essa mesmo.

“Cada ano que a gente melhora gradativamente já é uma conquista. Eu sou novo, então tenho muito tempo para chegar lá. Se a cada Olimpíada melhorar um pouquinho, quem sabe um dia chego entre os melhores e é para isso que vou treinar todos os meus dias”, pondera o jovem cavaleiro.

“Acredito muito no Brasil, acho que temos bons cavaleiros e bons cavalos. Vou torcer muito para que nas próximas Olimpíadas eu venha com uma equipe forte e a gente possa bater nossos próprios recordes. A gente tem que brigar com nossos resultados”, disse João. “É muito difícil ir para a decisão individual. Mesmo assim meu sentimento é de dever cumprido. Agora é ir lá comprar um saco de cenoura para o cavalo que ele merece.”

Participam do Grand Prix 59 atletas de 29 países. A prova foi dividida em duas seções que acontecem hoje e neste domingo, 25, e vale como qualificativa das equipes e individual. A classificação final de João e Escorial no Grand Prix será conhecida nesse domingo, 25.

PROGRAMAÇÃO ADESTRAMENTO
Sábado, 24 de julho – 5h00 a 10h15
Grand Prix
1ª qualificativa equipes e individual – Sessão 1
(30 participantes)

Domingo, 25 de julho – 5h00 a 10h15
Grand Prix
1ª qualificativa equipes e individual – Sessão 2
(30 participantes)

Terça-feira, 27 de julho – 5h00 a 10h15
Grand Prix Special
Final por equipes
Cerimônia de Premiação Equipes
(24 participantes)

Quarta-feira, 28 de julho – 5h30 a 9h15
2ª inspeção veterinária
Grand Prix Freestyle
Cerimônia de Premiação Individual
(18 participantes)

Resultados

 

Fonte: Imprensa CBH Carola May com colaboração Rute Araujo e Revista Horse; fotos: Luis Ruas / Hipismo Brasil

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