Um abrigo na Estrada Chapéu do Sol, zona Sul de Porto Alegre, tem sido o lar de 22 cavalos que foram recolhidos pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
Retirados da via pública de situações ilegais como na tração de carroças na cidade, muitos deles chegam ao local em situação de maus tratos e até mesmo perto da morte. No espaço, eles recebem tratamento veterinário e, depois de terem sua saúde normalizada, podem ter um novo futuro. Atualmente, sete desses animais estão aptos a serem adotados.
O chefe da Equipe Veículos de Tração Animal (EVTA) da EPTC, Gilberto Machado Fonseca, explica que os equinos precisam de, pelo menos, um período de 15 dias para que o processo de adoção comece. Esse período é referente ao tratamento necessário para os animais. Em alguns casos, esse processo pode ser mais complexo devido ao estado em que eles são resgatados. Muitos, por exemplos, precisam ser recolhidos de caminhão, já que sequer conseguem parar sobre as quatro patas.
Um dos cavalos que chegou em condições graves foi resgatado do Arroio Dilúvio. Cego, o animal tem em um dos olhos uma mancha branca, provavelmente causada devido a batidas. Onde deveria estar o outro olho, a situação chama ainda mais atenção pela falta do globo ocular. De acordo com Fonseca, este equino chegou ao abrigo com uma infecção no local e em um estado físico de maneira geral bastante debilitado. Depois de receber tratamento com antibióticos e teve a saúde reestabelecida. Devido as suas condições tão particulares, o animal até hoje tem um tratamento diferenciado, sem poder ir para o campo aberto com os outros cavalos.
Por Henrique Massaro (Correio do Povo)
Foto: Guilherme Testa