Um caso de Febre do Nilo Oeste registrado em um equino no norte do Espírito Santo, confirmado após a coleta de amostras do animal infectado, vem alertando as autoridades sanitárias brasileiras.
A zoonose, de notificação obrigatória ao serviço de epidemiologia oficial, tinha casos registrados em países da Europa, nos Estados Unidos e na América Central. No Brasil, haviam suspeitas não confirmadas no ano passado, mas o caso no Estado do Sudeste foi atestado.
Conforme o diretor do Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS), João Junior, existia preocupação com a entrada deste vírus no Brasil. A transmissão se dá por um mosquito, entre eles o pernilongo, e o reservatório do vírus vem de aves silvestres e domésticas potencialmente migratórias.
“Tem aves que são sensíveis e apresentam a doença vindo à óbito e outras não são sensíveis, que carregam o vírus e não apresentam os sintomas da doença. Também é importante cuidar quando há alta incidência da mortalidade de aves”, observa.
O representante do Simvet/RS afirma que o vírus causador da Febre do Nilo Oeste atinge o sistema neurológico, causando encefalite ou meningite. “É importante orientarmos os médicos veterinários que se atentem aos sinais clínicos, pois esta é uma doença de notificação obrigatória. Constatado o sinal clínico é preciso avisar os órgãos de defesa e as inspetorias veterinárias”, explica.
A expectativa, segundo Junior, fica por conta das orientações das autoridades sanitárias do país em relação aos procedimentos para caso a enfermidade apareça em outros Estados e quais as formas de prevenção.
Fonte: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective