A transferência de embriões (TE) em equinos teve início na década de 70, nesta época a recolha e as transferências dos embriões eram feitas por métodos cirúrgicos, porém, era uma prática muito dificultosa, surgindo assim os métodos não cirúrgicos. A técnica consiste na coleta de embrião de uma doadora geneticamente superior, e transferência desse embrião para uma receptora que, embora tenha valor genético inferior, deve proporcionar condições adequadas para o desenvolvimento do embrião (LIRA et al., 2009; COSTA, 2011).
A TE permite à obtenção de potros de éguas que estejam em treinamento, subférteis, que possuem idade avançada ou que por algum motivo não tenham condições de levar uma prenhez a termo (EVANGELISTA, 2012).
A mula é um animal híbrido, resultante do cruzamento entre a égua e o jumento. São poucos os casos de fertilidade observados nesses animais, pois o número de cromossomos de uma fêmea muar é incompatível com o número de cromossomos das espécies genitoras, devido a isso são considerados animais inférteis. Na década de 80 o pesquisador Dr. W. R. Allen, na Inglaterra, publicou o resultado de um experimento onde registrava a possibilidade da utilização de mulas como receptoras de embriões equinos e asininos. Seu aparelho reprodutivo é completo e são animais que apresentam ciclo estral normal, sendo capazes de se tornarem gestantes normalmente, desde que receba um embrião gerado (ARAÚJO et al, 2015; DIA DE CAMPO, 2017).
Fonte: informativoequestre.com.br