O mormo é uma doença bacteriana grave e contagiosa que ataca equinos, mas pode também ser transmitida ao homem e a outros animais. Os sintomas são corrimento nas narinas e nódulos nas mucosas nasais e nos pulmões do animal, sendo também frequentes casos assintomáticos.
Apesar da garantia de que o Brasil possui capacidade técnica para diagnosticar o mormo, doença que vem afetando o plantel de cavalos, burros e mulas no país, os laboratórios nacionais enfrentam dificuldades para lidar com uma peculiaridade: a soro reversão, o desaparecimento, em novas amostras, dos anticorpos que indicavam a infecção em animais antes positivados para a enfermidade bacteriana, mas sem haver uma cura. Essa inconsistência de resultados positivos e negativos tem gerado desconfiança e indignação em produtores.
Atualmente, os Lanagros de Pernambuco e Pará são os mais capacitados para realizar o diagnóstico do mormo, explicou Leandro Barbieri, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa. O governo vem trabalhando para expandir essa rede, que conta com seis Lanagros e 28 laboratórios particulares credenciados nacionalmente, disse ainda. Do resultado desses exames, depende a decisão de suspender ou não as atividades de um haras e de sacrificar animais contaminados.