As amizades vistas na Expointer não permanecem somente em Esteio. Muitas vezes, são nutridas tempos antes e continuam vivas também pelos anos seguintes. É o que o retorno de alguns integrantes da comitiva mexicana, que brilhou na abertura do Freio de Ouro 2014, mostra ao estar de volta ao Brasil em visita a duas cabanhas gaúchas neste mês de setembro.
Acompanhados da mãe do técnico credenciado Rouget Gigena Wrege, Stella Wrege, os crioulistas Humberto Arróniz e Antonio Arámbuco estiveram pela primeira vez na sede da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), em Pelotas/RS. Já a viagem ao Rio Grande do Sul começou com a estadia em propriedades de amigos, iniciada em Lavras do Sul/RS, onde a Cabanha Macanudo, com a família de Mauro e Telmo Raimundi Ferreira, foi o solo a alimentar novamente o elo fraterno.
Cabanha Macanudo foi um dos pontos de encontro
Lá, uma boa conversa e a oportunidade de correr paleteadas e vaquejadas não bastaram para tornar esta experiência mais um encontro memorável. O intercâmbio ficou por conta ainda da participação dos visitantes no tradicional desfile de 20 de Setembro, a convite do Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos local. “Em todos os que conviveram com eles, ficou a constatação de que o homem do cavalo tem muito em comum qualquer que seja sua cultura e origem, e que esta afinidade traduz o melhor espírito da família crioulista”, enfatiza Mauro.
Humberto Arróniz e Antonio Arámbuco participando do Desfile de 20 de Setembro em Lavras do Sul/RS
Relembrar é viver
Na sequência, foi a vez da dupla voltar à Cabanha Os Charruas, em Jaguarão/RS, exatamente o mesmo local no qual treinaram os exemplares Crioulos que fizeram bonito na apresentação no Parque Assis Brasil há dois anos. Em 2014, a dupla integrou o grupo responsável pelo grande espetáculo visto na abertura do Freio de Ouro. Com manobras de equitação e danças carregadas da riqueza cultural mexicana e todo o seu folclore, o show foi a tônica perfeita para a criação dos laços importantes entre brasileiros e mexicanos, ligação que continua a ser valorizada. “É muito fácil fazer amizade com quem é crioulista. O cavalo une a todos, pois falamos o mesmo idioma”, afirma Humberto.
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