Sul Americano da Juventude na Hípica Paulista: um campeonato espetacular e equilibrado

“A gente não pode se acomodar, agora já estamos com novos planos para o ano que vem em termos de preparação e outros pontos”, destacou Caio Sérgio de Carvalho, coordenador das equipes brasileiras de Salto. 

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Caio Sérgio de Carvalho, chefe de equipe do Brasil e coordenador das equipes brasileiras de Salto da base até o mais rendimento, durante hasteamento da bandeira

Foram seis dias de intensas disputas no Campeonato Sul Americano da Juventude – FEI Southamerican Championship na Sociedade Hípica Paulista, entre 5 e 11/9, que reuniu a nova geração e futuro olímpico do hipismo de nove países com 130 conjuntos representando a Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador, EUA, Paraguai, Peru e Uruguai.

Ao todo foram definidos quatro títulos nas categorias de alto rendimento: Mirim (12 a 14 anos) disputada a 1.20 metro, Pré-junior (14 a 16 anos) a 1.30 metro, Junior (14 a 18 anos) a 1.40 metro e Young Rider (16 a 21 anos) a 1.45 metro, consideradas categorias de alto rendimento. Em paralelo também aconteceu um Internacional da categoria Pré-mirim (12 a 14 anos) a 1.10 metro. Todas as pistas tiveram armação do course-designer internacional Helio Pessoa.

Dessa vez o placar ficou equilibrado entre Brasil, que dominou os pódios nos quatro anos anteriores, e Argentina, ambos com dois ouros nas categorias de alto rendimento. Ao todo cavaleiros e amazonas brasileiros conquistaram 9 medalhas individuais e ainda faturaram 9 títulos por equipes.

Para o chefe de equipe, treinador e cavaleiro olímpico Caio Sérgio de Carvalho, coordenador das equipes de Salto da Confederação Brasileira de Hipismo, o saldo foi muito positivo. “Eu acho que foi espetacular esse campeonato desde a parte de organização, isso a gente diz não é pela nossa opinião, mas dos outros que vieram de fora. Todos os países elogiaram demais o concurso, organização, a montagem do evento também. Aqui na Hípica Paulista as condições são perfeitas, então a ideia era fazer parecer uma coisa diferente e dar um espírito de campeonato. Eu acho que conseguimos, foi um sucesso o campeonato tanto na parte de estrutura como na parte esportiva também foi muito bom”, destaca Caio.

Balanço quadro de medalhas 

O Brasil comemorou ouro, prata e bronze na série Junior com respectivamente com Victoria Junqueira de Mendonça montando Una Bella V, Bernardo Braga de Albuquerque Pereira com Valtellina do Rioacima e Bernardo Braga de Albuquerque Pereira com Valtellina do Rioacima.

Na categoria Pré-junior, o domínio também foi brasileiro Laura Bosquirolli Tigre com Cher da Boa Vista, campeã, Marcelo Gozzi e Cathaar Z, prata e a chilena Carmen Novion com Haras Dona Ines Jager Boy, bronze.

Na categoria Mirim a Argentina foi ouro com Emilia Demattei e Carlazo Cooper e os jovens talentos brasileiros Carolina Souza Chade com Corbella JMen e  Pedro Henrique Martins Kuhlmann montando Carry conquistaram, respectivamente, prata e bronze.

Já na série Young Riders o acirrado placar teve dobradinha da Argentina com Lihuel Gonzales montando Checa Z, campeã, Martina Campi com Resistire Piam, vice e a brasileira Yasmin Almendros Marinho Santos / Piaf de Quintin foi bronze.

Já no Internacional Pré-mirim, o Brasil foi ouro, prata e bronze com Pedro Henrique Maranhão com Baluestre, campeão, Daneli Miron montando Gonzales, prata e Maithe Marino e Linda .

Na disputa por equipes, Juniores e Pré-juniores do Brasil faturaram ouro e prata, Young Riders, prata e bronze, Mirins, prata e bronze e Pré-mirins, prata.

Evoluir sempre 

Caio Sérgio analisou o placar e as conquistas dos jovens talentos brasileiros e estrangeiros. “Há quatro anos, montamos uma bem sucedida estrutura de treinamento e planejamento para esse campeonato. Lógico que os outros países viram e também começar a realizar esse trabalho . Os argentinos falaram que hoje estão fazendo exatamente o que fazíamos lá trás, por isso que a gente também tem que melhorar”, ponderou Caio Sérgio.

“A gente não pode se acomodar, agora já estamos com novos planos para o ano que vem em termos de preparação e outros pontos. A cada ciclo você tem que parar rever tudo o que foi feito e o que pode ser feito a mais para retomar e voltar a competir. Agora sempre as competições cada vez vão ficando mais difíceis”, completou o cavaleiro, treinador e dirigente, que também analisou a evolução da nova geração do hipismo brasileiro como um todo.

“Acho que o pessoal está evoluindo bem. Estamos sentindo isso nas categorias de base. Por exemplo, há dois, três anos a categoria Junior, a gente não tinha muitas opções para selecionar uma equipe. Hoje temos equipes fortes e isso vem desde a categoria Pré-mirim, Mirim que subiram as categorias Junior e também chegam bem na Young Riders. É essa a formação que a gente quer. Aí a partir da categoria Young Rider eles vão se tornar Seniores e tem condição pra isso. Por isso nossa preocupação é sempre com a base buscar que os Pré-mirins possam virar Mirins e começa a formação para chegar na Young Rider. Nossa base está cada vez mais fortalecida.”

Fonte: CBH – C.May ; fotos: Emerson Emerim

 

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