Sangue azul: xeque do Catar se destaca com cavalo “meio brasileiro”

Ali Bin Khalid Al-Thani é a referência do time do Catar, estreante em Jogos Olímpicos

Por Diego Guichard Rio de Janeiro

Fala tranquila, olhar seguro, postura firme. Só de observar Ali Bin Khalid Al-Thani é possível notar o sangue nobre desse cavaleiro de saltos. Mas vai além: trata-se de um xeque árabe. Referência do time do Catar, estreante em Olimpíadas, o atleta de 33 anos ainda é um dos destaques do primeiro time do país em Jogos.

A primeira demonstração em solo brasileiro foi refinada. Neste domingo, foi um dos 24 cavaleiros que zerou o percurso no Centro Olímpico de Hipismo, em Deodoro. Ganhou aplausos e reconhecimento dos torcedores que acompanhavam as provas.

– É claro, todos temos chance. Nós temos um time jovem é nossa primeira Olimpíada, mas não nosso primeiro campeonato mundial. Estou certo que temos um bom time – contou ele ao GloboEsporte.com, em inglês, mas com sotaque digno de quem nasceu árabe.

Ali Bin Khalid

Ali Bin Khalid Al-Thani é a referência do time do Catar nos saltos (Foto: Diego Guichard)

Talvez esse bom desempenho tenha a ver diretamente com a ambientação do cavalo First Devision. Embora a montaria seja belga, foi criada e se desenvolveu no Brasil com o cavaleiro Yuri Mansur. Foi adquirido em outubro de 2014 e os resultados vieram. No mesmo ano, conquistaria o ouro por equipes nos Jogos Asiáticos, disputado na Coreia do Sul.

– Eu tenho um bom cavalo, comprei de um brasileiro (Mansur). Eu trouxe ele de volta para casa (risos). Ele é belga, mas estava aqui no Brasil. É forte, equilibrado e tem mais sangue para viagens longas. Por isso o escolhi – conta.

Ali Bin Khalid 02

Ali Al-Thani zera prova em Deodoro (Foto: Tony Gentile / Reuters)

Incentivado por primos, começou a montar quando tinha entre seis e sete anos, mas apenas por diversão. Após os 10, largou as montarias para se dedicar ao estudo. Mas, quando atingiu idade adulta, se entregou a paixão pelos saltos.

Essa é a quarta vez que o árabe visita o Brasil, um país que o agrada bastante. Nas provas, tem sido acompanhado por um irmão e primos.

Eu realmente estou gostando daqui. Não tivemos nenhum problema, está tudo bem organizado e as pessoas são muito atenciosas – elogiou.

O jovem xeque volta a saltar na manhã desta terça-feira, quando se iniciam as disputas válidas por equipes. Independentemente do resultado, ele já fez história ao participar ativamente do crescimento do país árabe no hipismo

Fonte- Globo Esporte

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