João Victor Oliva quer seguir passos do pai e criar cavalos na Alemanha. Jovem, ele mira evolução na montaria e prevê crescimento da equipe brasileira de adestramento
O tom de voz é baixo e, durante a entrevista, percebe-se certa timidez. Mas ao ser questionado sobre o futuro, João Victor Oliva fala sem rodeios e com segurança: “quero fazer a minha vida em cima dos cavalos”. A afirmação segura chama atenção por ele ainda ter 20 anos. Mas a certeza para cravar isso é porque ele já tem traçada a rota que pretende seguir. Além de competir como cavaleiro no hipismo adestramento, o filho da ex-jogadora de basquete Hortência quer também criar cavalos. Desta forma, unir as duas paixões que tem: a pela competição e pelo animal.
João Victor Oliva defendeu o Brasil no hipismo adestramento na Olimpíada Rio 2016 (Foto: Danilo Sardinha)
Após a disputa da Olimpíada do Rio de Janeiro, o jovem retorna para a Alemanha, onde treina e mora. Lá, pretende também ter a criação de cavalos. Filho do empresário e criador de cavalos José Victor Oliva, João quer seguir os passos do pai e vê o mercado alemão como bom para a criação do animal.
Pretendo fazer minha vida em cima dos cavalos. Crio cavalos lusitanos aqui no Brasil. Estou com sete cavalos na Europa. Não quero nunca deixar os cavalos de lado. Então, tento fazer a minha vida em cima dos cavalos. Como? Vamos ver se é compra de cavalos, fazer negócios… Mas, claro, nunca deixando o esporte de lado e sempre priorizando o esporte – afirmou.
Eu crio no Brasil, mas lá na Alemanha é onde eu treino. Então, seria mais fácil ter cavalos na Alemanha. Lá o mercado é maior, as competições, os concorrentes estão todos na Alemanha. É o centro mundial desse esporte. Então, aqui no Brasil fica um pouco difícil. Mas está crescendo esse esporte. A Olimpíada está ajudando bastante – completou.
O pai de João Victor é criador de cavalos puro-sangue lusitano, mas recentemente começou a criar também a raça warmblood. Dos sete cavalos de João Victor, três são warmblood e quatro são puro-sangue lusitano. Para entrar no ramo da criação, o jovem pretende estudar mais sobre o assunto e a parte empresarial da área.
O mercado de cavalo é muito grande no mundo. O cavalo é um animal que você pode fazer dinheiro em cima. Então, pretendo sim. Claro que selecionando os cavalos de esporte e os à venda, conciliando isso e fazer com que dê certo os dois – disse.