Brasileiro está em sétimo e, se mantiver o nível de atuações dos últimos dias, tem chances de conquistar uma medalha nesta terça-feira, no Centro Olímpico de Hipismo
Por Bruno GiufridaRio de Janeiro
O Brasil chegou ao terceiro dia de disputas do hipismo CCE na Olimpíada precisando de um bom resultado no cross country para se aproximar dos líderes, já que não tinha ido tão bem no adestramento. Nesta segunda-feira, porém, ao contrário do que aconteceu no fim de semana, tudo conspirou a favor da equipe brasileira. Muito por causa da atuação quase perfeita do cavaleiro Carlos Parro.
Carlos Parro (Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters)
Segundo a entrar brasileiro no percurso de quase 6km e com 45 obstáculos do cross country, depois do Marcio Appel, Parro não cometeu uma falta sequer, ou seja, não esbarrou em nenhum lugar do trajeto. Ele só não foi perfeito porque não conseguiu completar a prova em 10m15s, tempo estabelecido: fez em 10m25s. Assim, somou apenas quatro faltas, mesmo com toda a dificuldade destacada por todos os competidores.
– Conhecíamos o percurso, onde os obstáculos estavam. Tínhamos um planejamento. Eu vi o Marcio (Appel) saltar. O percurso está muito difícil e teve muitos problemas, mas é assim no mundo inteiro. Tem de estar difícil – disse Parro.
Regular no adestramento, Carlos Parro subiu no ranking geral e terminou a segunda-feira em sétimo lugar, com 51,3 penalidades e chances de conquistar medalha nesta terça, quando será disputada a prova de salto. O terceiro colocado, o francês Astier Nicolas, tem 42 faltas.
Líder do ranking, com apenas 37,6 faltas, o australiano Christopher Burton também sentiu a dificuldade do cross country.
– Foi um percurso difícil. Eu não sei (qual o ponto mais difícil), para ser honesto. No adestramento eu fui bem e a expectativa era de que fôssemos bem também no cross. Amanhã (terça-feira), tudo pode acontecer – disse, assim como o segundo colocado Michael Jung, alemão atual campeão olímpico.
– Tudo muito difícil. Havia alguns trechos de muita velocidade, velocidade, velocidade e depois tínhamos de parar para saltar. Mas estou feliz com o resultado – completou.
O hipismo CCE na Olimpíada do Rio de Janeiro começou a ser disputado no sábado. No fim de semana, foram realizadas as provas de adestramento. Já nesta segunda-feira os cavaleiros participaram do cross country. Por fim, na terça, eles voltam ao Centro Olímpico de Hipismo para os saltos.
O último dia é marcado por duas disputas. Primeiro, todos os atletas entram em ação para defender suas equipes na briga por uma medalha – o Brasil está em quinto, com 222,9 faltas, e tem chances de ir ao pódio. Depois, apenas os 25 primeiros do ranking lutam por um lugar no pódio individual – os brasileiros Carlos Parro (sétimo) e Marcio Jorge (24º) estarão nas duas.
Fonte: Globo Esporte