Mark Todd em ação nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012 (Foto: Mike Hutchings / Reuters)
Cavaleiro neozelandês tem duas chances de conquistar uma medalha na Olimpíada do Rio de Janeiro: como técnico do Brasil ou defendendo as cores de seu país
Lionel Messi, Cristiano Ronaldo ou Neymar; Michael Phelps; Novak Djokovic, Rafael Nadal, Roger Federer ou Andy Murray; Usain Bolt, todos são referências em seu esporte, indiscutivelmente. No CCE (Concurso Completo de Equitação) do hipismo, a lenda há muito tempo é Mark Todd.
Aos 60 anos, o cavaleiro neozelandês ainda está em alta e é um dos favoritos pela medalha de ouro na Olimpíada do Rio de Janeiro – por equipes ou individual. Além disso, ele é o treinador da equipe brasileira no CCE e teve a missão, nos últimos anos, de preparar os atletas do país para os Jogos. Ou seja, pode conquistar mais de uma medalha: como técnico e montando. Todd acredita que as duas seleções estão entre as seis melhores e podem ficar no pódio.
– O Brasil é um time novo que começou o ano com bons cavalos. Temos três combinações muito boas. Em outros Jogos tiveram uma performance normal e agora têm a possibilidade de terminar entre os seis melhores – disse o cavaleiro, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, no Parque Olímpico.
Toda a idolatria dos companheiros, adversários, amigos e admiradores do esporte não é à toa. Mark Todd conquistou e segue conquistando tudo o que tinha direito. Em seis Olimpíadas, ganhou dois ouros (individual), uma prata (por equipes) e dois bronzes (um individual e um por equipes). Hoje, mesmo depois de todas os triunfos, o neozelandês ainda admite o espírito olímpico.
– Outro dia, na Vila, dissemos que é maravilhoso estar na Olimpíada. Muitas pessoas falam sobre a Olimpíada. É uma reunião de diferentes esportes. É maravilhoso – completou.
As vitórias e a disciplina como atleta, que faz Todd chegar à Olimpíada do Rio, mesmo aos 60 anos, como um dos favoritos à medalha, classificam o neozelandês como um ídolo do hipismo CCE. Experiente e ainda muito motivado, ele quer usar justamente toda a bagagem conquistada nos anos de provas para confirmar a esperança de vitória nos Jogos.
Para os atletas brasileiros, principalmente, Mark Todd é a grande referência – Anna Ross, técnica de adestramento, também é vista como responsável pelo crescimento. Foi ele quem fez os cavaleiros que disputarão a Olimpíada no CCE acreditarem que, sim, é possível conquistar uma medalha para o país na modalidade, apesar de a tradição não ser tão grande quanto no salto, em que Rodrigo Pessoa se destacou por muitos anos.