A cavalgada Do Sertão ao Mar – Pelos Caminhos da Estrada Real está bastante adiantada! No fim de semana de 04 e 05 de maio, os cavaleiros completaram os 710km do Caminho Velho, quando chegaram a Paraty/ RJ. Veja como foi esta etapa da aventura!
A cavalgada Do Sertão ao Mar – Pelos Caminhos da Estrada Real está bastante adiantada! No fim de semana de 04 e 05 de maio, os cavaleiros completaram os 710km do Caminho Velho, quando chegaram a Paraty/ RJ. Veja como foi esta etapa da aventura!
Na foto, o Túnel da Mantiqueira, construido em 1882 – local por onde os cavaleiros passaram
Antes de concluírem a terceira semana de cavalgada, os cavaleiros visitaram, próximo à cidade de Prados/MG em Dores de Campos, a Selaria Pasfil, uma das empresas apoiadoras da cavalgada Do Sertão ao Mar. “A Pasfil soma mais de 30 anos de existência, sendo uma das maiores e mais antigas selarias da cidade. Única com certificação do Exército Brasileiro e fornecedora da cavalaria das Policias Militares de quase todos estados brasileiros” ressaltou Paulo Junqueira Arantes.
Após saírem de Carrancas, no dia 28 de maio, os cavaleiros partiram para a cidade de Cruzília dia 30 de maio, um município que se destaca pelas fazendas centenárias, pontos turísticos repletos de histórias e cultura local, que configura a cidade como ótima opção de férias em família no Estado de MG: perto da natureza e longe dos grandes centros. Além disto, Cruzília é considerada o berço dos cavalos Mangalarga e Mangalarga Marchador e abriga o Museu Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, inaugurado em 2012 no Casarão da Fazenda Bela Cruz. Saindo de Cruzília, no dia 31/05 os cavaleiros partiram rumo a Baependi, Caxambú e São Lourenço, cidades que fazem parte do Circuito Turístico das Águas de MG. É da água que vem a história de Caxambú, cujo nome em tupi teria a tradução semelhante a “água que borbulha”, em referência às fontes escondidas nas matas. São Lourenço tem o maior parque hoteleiro deste Circuito e Baependi é uma das mais antigas cidades mineiras, remanescente do ciclo do ouro.
O mês de junho começou dia 01/06 com os cavaleiros chegando a Pouso Alto, São Sebastião do Rio Verde, Capivari e Itamonte. Em Pouso Alto, há aproximadamente 409km de BH, encontra-se a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, que possui imagens sacras centenárias e um estilo eclético bem conservado. O principal atrativo turístico de São Sebastião do Rio Verde é, justamente, o Rio Verde, aonde é possível praticar pesca, canoagem e até natação, devido às pequenas prainhas em sua extensão. Outra cidade que propicia a prática de esportes é Itamonte, aonde a Pedra do Pico, com mais de 2150 metros de altitude, é um convite para a prática de escalada, cavalgada, ciclismo e trekking. Em seguida, a cavalgada Do Sertão ao Mar partiu rumo a Itanhandú e Passa Quatro, sendo que se localiza nesta cidade, uma Maria Fumaça Badwin de 1929! E Itanhandu integra o Circuito Turístico Terras Altas da Mantiqueira. Neste trecho, os cavaleiros passaram pelo Túnel da Mantiqueira, construído em 1882 por determinação do Imperador Dom Pedro II, para fazer a ligação entre os Estados de São Paulo e Minas Gerais para servir a Estrada de Ferro Minas e Rio, sendo também, local estratégico na Revolução Constitucionalista de 1932, na qual foi frente de batalhas. “A passagem pelo túnel não foi muito fácil, foram 1400 metros de travessia no escuro com o som das patas dos nove cavalos criando um barulho forte. Os cavalos demonstraram seu preparo e coragem pois tiveram que caminhar no meio dos trilhos, sobre pedras e moirões. Experimentamos deixar soltos os cavalos puxados e não deu certo pois eles passaram dos cavaleiros e depois retornaram, criando um pouco de confusão no espaço estreito do túnel”, nos conta Paulo Junqueira Arantes
Foi então, que o Estado de Minas Gerais ficou para trás, no trecho do Caminho do Ouro, e no dia seguinte, 03/06, os cavaleiros passaram por Vila do Embaú, uma das mais antigas da região, e Cachoeira Paulista, cidade que recebe muitos turistas religiosos devido a presença da comunidade católica Canção Nova e o Santuário de Santa Cabeça; e por fim, Canas, cidade que recebeu imigrantes italianos em 1887 para plantar canas. Em seguida, os cavaleiros partiram para duas cidades da região do Vale do Paraíba: Lorena, terra das palmeiras imperiais, que contabiliza construções de meados de 1700 como a Catedral Nossa Senhora da Piedade. Partindo para Guaratinguetá, terra de Frei Galvão, o primeiro santo católico brasileiro, aonde encontra-se a Catedral de Santo Antônio, datada de 1630, que possui um altar em estilo barroco misturado ao rococó mineiro com uma imagem em tamanho natural de Frei Galvão!
O ritmo da cavalgada deu uma boa adiantada e os cavaleiros começaram a descida da serra rumo a Paraty, quando passaram por Rocinha e Cunha, uma cidade localizada já na Serra do Mar, originária de 1695 e repleta de pousadas charmosas e com um cenário que causa encantamento nos turistas. Na história desta cidade, conta-se que no início do século XVIII, a grande movimentação de tropas pelo local atraiu bandidos e saqueadores atraídos pelo ouro que vinha de Minais Gerais, para embarcar em Paraty, rumo a Portugal. A cidade também foi palco da revolução Constitucionalista de 1932.
Finalmente, no fim de semana de 04 de junho, os cavaleiros chegaram a Paraty, finalizando o encantador e extenso Caminho do Ouro nesta paradisíaca cidade do século 17. A famosa igreja de Nossa Senhora dos Remédios é um dos ícones da cidade, sendo construída em 1873 em estilo neoclássico. Localizada em uma baía que reúne mais de 300 praias e dezenas de ilhas, Paraty exercia, no Caminho do Ouro, a função de entreposto fiscal. A Estrada Real da cidade foi construída pelos escravos entre os séculos XVII e XIX, a partir de trilhas dos índios guaianazes, e atualmente está bastante preservada e se encontra envolta pela exuberância da Mata Atlântica do Parque Nacional da Serra da Bocaina. Porém, a visitação só é permitida com guias autorizados, pois o Caminho hoje passa por propriedades particulares. “Tem lugares que tu sentes mais perto de Deus!”, exclamou José Henrique Castejon, ao completar mais este caminho da cavalgada.
Partindo de Paraty esta semana, dia 06/06, os cavaleiros iniciam o terceiro caminho da Estrada Real: o CAMINHO NOVO, que segue de Petrópolis/RJ a Ouro Preto/ MG! Acompanhe nos próximos textos momentos incríveis desta grande aventura!
FONTE:
Luciene Gazeta
Matriz da Comunicação Assessoria de Imprensa