Ruy Fonseca no pódio individual com a medalha de bronze
(FEI / Pic Stockimageservices)
A equipe brasileira de Hipismo conquistou três medalhas nos Jogos Pan-Americanos de 2015, realizados em Toronto, no Canadá, entre as disputas por equipe e individual. O time de Adestramento ficou com a medalha de bronze, enquanto o de CCE garantiu a prata e no individual o bronze com o cavaleiro Ruy Fonseca. As competições de Hipismo começaram com o Adestramento, na primeira semana, dia 11, seguida pela disputa do Concurso Completo de Equitação (CCE), dia 17, finalizando com o Salto, que acabou neste sábado (25/07). “O saldo final foi positivo e estamos satisfeitos com os resultados em todas as modalidades. No Adestramento mostramos que estamos nos tornando uma potência nas Américas. No CCE avançamos muito e conquistamos uma medalha histórica, e o resultado do Salto foi dentro do planejado na nossa estratégia para o Pan”, contou Luiz Roberto Giugni, presidente da Confederação Brasileira de Hipismo.
Pedro Veniss, o melhor brasileiro no Salto nos Jogos Pan-Americanos
(Sergio Dutti / COB)
Na disputa do Salto, o Brasil ficou com o quarto lugar por equipes. O time formado por Pedro Veniss / Quabri de L`Isle, Marlon Zanotelli / Rock’n Roll Semilly, Felipe Amaral / Premiere Carthoes BZ e Eduardo Menezes / Quintol somou 14 pontos, apenas dois atrás da equipe dos Estados Unidos, que ficou com a medalha de bronze. A prata ficou com a Argentina, com o 8 pontos perdidos, e o ouro com o Canadá, com 7 pontos.
Os quatro cavaleiros do Time Brasil se classificaram para a final individual entre os 35 melhores, mas pelo regulamento cada país só pôde contar com até três representantes. Pedro Veniss foi o melhor brasileiro na final com uma falta na primeira volta e um percurso limpo na segunda passagem, resultado que o garantiu no desempate pela medalha de bronze. Mas com uma falta, o paulista terminou a competição em quinto lugar. Eduardo Menezes e Felipe Amaral também foram para a segunda volta da final e encerraram a participação nos Jogos Pan-Americanos em 9º, com 8 pontos, e 11º lugar, com 12 pontos, respectivamente.
“Não tínhamos a obrigação de conquistar a vaga para os Jogos Olímpicos, como o Canadá e a Argentina, que vieram com tudo, e mesmo que não fôssemos país sede, com o nosso resultado no Mundial ano passado estaríamos garantidos. Então montamos uma equipe com cavaleiros jovens, para testar novos conjuntos, e todos corresponderam completamente a nossa expectativa. Mostraram que podem estar no grupo de elite e isso nos dá mais opções para formarmos um time forte para os Jogos Rio 2016”, disse Luiz Roberto Giugni.
Equipe brasileira de CCE no pódio com a medalha de prata
(Lindsay B. / The Chronicle of the Horse)
No CCE, o Brasil mostrou muita evolução técnica. Ficou com a medalha de prata na disputa por equipe com os conjuntos formados por Carlos Parro/ Calcourt Landline, Henrique Pinheiro / LandQuenote, Márcio Carvalho Jorge / Lissy Mac Mayer – Coronel MCJ. Ruy Fonseca / Tom Bombadill, acompanhados do técnico neozelandês bicampeão olímpico, Mark Todd. O Brasil fechou com 140.70. O ouro ficou com a equipe dos Estados Unidos com 133.00 e o Canadá em terceiro com 163.00. No individual, depois de 20 anos, o Brasil conquistou uma medalha nesta modalidade. Assim como em 1995, com André Giovanini, Ruy Fonseca ficou com o bronze, somando 42.90 pontos. Após liderar a competição durante as primeiras provas, cometeu uma falta no último obstáculo, perdendo então a medalha de ouro para a americana Marilyn Little, que montou RF Scandalous, e fechou a competição com 40.30. A prata ficou com o Canadá, com a amazonas Jessica Phoenix, que fez 42.10. Carlos Parro garantiu a sexta colocação (45.60), Marcio Jorge Carvalho ficou em 9º (52.20), e Henrique Plombon em 11º (55.40).
“O resultado do CCE neste Pan foi muito bom. Ficamos muito perto dos Estados Unidos na disputa por equipe, o que é um bom avanço para o Brasil. A diferença de pontos foi muito pouca. Isso mostra que estamos no caminho certo. Além do bronze na disputa individual depois de 20 anos, o que mostra também que evoluímos muito nos últimos anos” comentou Luiz Roberto.
Time Brasil de Adestramento, medalha de bronze no Pan-Americano
(Georgia Infante / COB)
No Adestramento, a equipe formada por João Victor Marcari Oliva / Xamã dos Pinhais, Sarah Waddell / Quixote Donelly, João Paulo dos Santos / Veleiro do TOP, Leandro Aparecido da Silva / Di Caprio, acompanhada da técnica belga Marriete Withages, faturou o bronze na competição por equipes, com a pontuação geral de 414.895%. Completando o pódio, os Estados Unidos ficaram com o ouro, com 460.506%, e o Canadá com a prata, somando 454.938% na pontuação. Na disputa individual, os brasileiros não subiram ao pódio. O melhor colocado foi o conjunto Leandro da Silva / Di Caprio (73.300%), em 6º lugar, seguido por João Victor Macari Oliva / Xamã dos Pinhais (73.275%), em sétimo. João dos Santos / Veleiro do Top (72.950%), ficou em nono. Sarah Waddell / Quixote Donelly (132.816%) ficou na 25ª posição.
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