Eduardo Menezes busca vaga no Rio-2016 Diorgenes Pandini/Agencia RBS; Foto: Diorgenes Pandini / Agencia RBS
Ele decidiu tentar a sorte fora do país quando tinha apenas 18 anos em busca de um grande sonho: defender o Brasil em uma Olimpíada. Desde então, o cavaleiro Eduardo Menezes não competiu mais em casa. Mesmo assim, uma vez por ano faz questão de voltar ao local que lhe revelou ao cenário internacional, a cidade de Florianópolis, onde sua família reside há 20 anos, e, mais especificamente, a Sociedade Hípica Catarinense.
— A época mais marcante da minha formação como atleta foi aqui. Cheguei em 1995, aos 14 anos, e fomos medalha de bronze em dois brasileiros na categoria júnior. Toda a experiência de viajar para campeonato, defender o Estado é muito legal e minha melhores lembranças são daqui — conta Eduardo, que é natural de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Depois de trabalhar na Bélgica, passar 10 anos competindo e dando aulas no México, hoje, aos 34 anos, Eduardo mora em San Diego, nos Estados Unidos, tem um negócio de venda de cavalos e acumula bons resultados pela seleção brasileira, como a conquista da Copa das Nações de 2013, em Arezzo, ao lado dos medalhistas olímpicos Rodrigo Pessoa e Doda Miranda, além de Marlon Zanotelli.
— Esse é o resultado do qual mais me orgulho. Lembro que fiquei muito surpreso quando, na coletiva de imprensa, o Rodrigo disse que estava muito contente porque era a primeira Copa das Nações que tinha vencido na carreira. E eu venci logo na estreia — diz.
Com a vida feita lá fora, Eduardo não vê a hora de voltar a competir em terras tupiniquins, mas em um evento específico, a Rio-2016. No ano passado, ele ficou de fora do Mundial por uma vaga, mas não espera que a frustração se repita.
— Meu sonho sempre foi a Olimpíada, continua sendo. E vou realizar ano que vem. Será um reencontro com toda a família, amigos, todo mundo já está com os bilhetes comprados, já tenho apartamento alugado, aqui o ânimo é positivo — afirma com toda a confiança.
Antes disso, ainda tem pela frente os Jogos Pan-Americanos, que ocorrem no mês de julho em Toronto, no Canadá.
— O Pan é importantíssimo como um degrau a mais para chegar na Olimpíada, até para me mostrar à opinião pública e aos próprios dirigentes. O técnico da Seleção vai semana que vem na minha casa para dar uma revisada em todos os cavalos comigo, a expectativa é de ser convocado.
Fonte: DIÁRIO CATARINENSE