A caminho das Olimpíadas no hipismo no Japão: a história do cavaleiro Marlon Zanotelli

Principal nome do hipismo saltos no Brasil atualmente, Marlon Zanotelli, campeão dos Jogos Pan-Americanos de 2019 e 13º do ranking mundial, tem um fiel companheiro: VDL Edgar, um cavalo de 12 anos de idade, que, na Bélgica, onde mora, recebe um tratamento especial na preparação para os Jogos Olímpicos. Mas a paixão pela modalidade surgiu bem antes, em 1994, quando Marlon tinha só seis anos:

a história do cavaleiro Marlon Zanotelli

– Em noventa e quatro, meu pai tinha o sonho de representar o brasil em um concurso internacional, comprou um carro, construiu um caminhão gaiola, para colocar dois cavalos, um dele e um emprestado, os 4 filhos, esposa e saiu rodando o Brasil nesse sonho de representar o Brasil. COnseguiu, saltou o sul-americano na Argentina. Isso foi em 94, eu tinha apenas seis anos, foi a primeira aventura com os cavalos. Para mim foi importante, foi ali que cresceu a paixão pelos cavalos, eu tava vivendo com os cavalos diariamente, acompanhando meu pai, minha mãe, vendo tudo que eles fazem para cuidar dos cavalos – relembrou

Marlon Zanotelli com VDL Edgar é vice no GP5* Rolex na Holanda e vem com tudo rumo a Tóquio
Marlon e VDL Egdar: vice-campeões GP Rolex; img @Rolex Peggy Schroeder

Atualmente, Marlon mora na Bélgica com a família. E mantém uma rotina regrada para a montaria, o VDL Edgar, que está entre os melhores cavalos do mundo:

– Normalmente o Edgar come às 7h da manhã, passa o feno, depois come ração, e ai por volta das 8h30 ele sai para um passeio na floresta. Na volta, vai para o pasto, que a gente chama de piquete, que é uma área aberta. Esses dois exercícios são os mais importantes. Aí ele almoça, vai para o caminhador, ele caminha por quarenta e cinco minutos e isso já é parte do condicionamento físico. Aí no fim do dia eu prefiro montar ele, com bastante calma – disse Marlon.

– Aí tem a outra parte que é veterinário, nutricionista, osteopata, dentista, isso em função dos concursos também. Tem dentista, como nós humanos, tem que olhar a cada seis meses…tem o osteopata, tem o ferrador, tem toda uma estrutura ao redor dele, e isso que faz uma diferença, a equipe – disse Marlon.

Marlon conquistou o ouro por equipes e no individual nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019. E há a esperança de levar duas medalhas, que seria inédito para o país:

– Nosso sonho é trazer medalhas, é isso que a gente quer. Por isso é tão importante competir em alto nível. Com os resultados, temos provado que ele tem grandes chances de trazer medalha. E a equipe do Brasil sempre é forte, é uma equipe muito unida, isso é do brasileiro, essa união, essa coisa família, por todas as complicações que o brasileiro passa, nesses momentos a gente se une mais, isso faz a diferença em um campeonato desse – disse Marlon.

Fonte: Globo Esporte

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