Turfe carioca estuda alternativas para aproveitar cavalos com mais de 6 anos

A era “Taunay” extinguiu os famigerados handicaps chilenos da administração anterior. A volta das chamadas por idade, sexo, e vitórias foi aplaudida com unanimidade por proprietários, criadores, profissionais de turfe e os próprios turfistas. Entretanto, de forma inevitável, ficaram visíveis sequelas dos tais handicaps na população de cavalos do turfe no Rio de Janeiro. Nos tempos dos handicaps, os puros-sangues de mais idade tinham poucas chances de vitórias e colocações misturados com os mais novos. Por isso, diante da enorme dificuldade de faturar, os corredores de seis anos e mais idade foram mandados embora, gradativamente, por seus responsáveis. O destino preferido para estes cavalos foi o Hipódromo do Cristal, com chamadas mais generosas para eles, além do Tarum&a tilde; e de outros prados do Nordeste, tais como Madalena e Pici, entre outros.

Alguns cavalos de corrida da atual população carioca, devido à recente mudança de idade, ficaram deslocados na companhia. As chances de faturamento estão reduzidas em confrontos com os mais novos nos páreos de turma. Em alguns casos, eles chegam até a dar peso aos jovens por terem um maior número de vitórias em função da longevidade. Alguns proprietários cariocas tem discutido a possibilidade de se acrescentar a chamada, semanalmente, páreos para cavalos e éguas de seis anos e mais idade. Outra opção, seria nos páreos já existentes, para cinco anos e mais, em caso de divisão dos mesmos, através do próprio computador, colocar os mais novos de um lado, e agrupar, dentro do possível os mais velhos de outro.

Este dispositivo seria útil para manter diversos animais alojados no hipódromo, além de incentivar o retorno de alguns que estão em outras praças. Além disso, são tempos em que o número de produtos criados diminui a cada temporada. A iniciativa seria também uma solução inteligente para encorpar o número de habitantes nas cocheiras das Vilas Hípicas. A ideia parece boa se for bem estudada. Talvez uma pesquisa, ou espécie de censo, para apurar o número de vovôs de quatro patas que vivem no hipódromo, possa ajudar. E com os devidos cuidados da terceira idade, eles também possam voltar a participar do baile.

FONTE: Paulo Gama / RaiaLeve

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