Sergio Oliva garante mais um bronze no Hipismo, agora no estilo livre do grau IA

16/09/2016 - Brasil, Rio de Janeiro, Jogos Paralimpicos Rio 2016 - Centro Olímpico de Hipismo - Hipismo -Estilo Livre Individual grau la - Sergio Oliva montando Coco Chanel garante a medalha de bronze para o Brasil ©Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB

Sergio Oliva com a medalha de bronze
(Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB)

Ao som de Garota de Ipanema e Aquarela, o cavaleiro brasileiro Sergio Oliva garantiu na tarde desta sexta-feira (16/09) mais uma medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. O brasiliense, com Coco Chanel, alcançou a pontuação de 75,100% na final individual estilo livre do grau IA e conquistou o terceiro lugar.

“A gente usou músicas brasileiras que chamem a atenção. Aquarela e Garota de Ipanema são músicas marcantes do repertório nacional e como os Jogos Paralímpicos são no Rio de Janeiro a ideia foi usar música brasileira. Eu estou muito contente neste momento histórico para mim, igualando a marca do Joca com dois bronzes em Jogos Paralímpicos. E para mim é muito especial poder ter essas conquistas ao lado dos meus parentes e das pessoas envolvidas com o meu trabalho”, comemorou Sergio Oliva.

O pódio da competição individual, que aconteceu na quinta-feira, se repetiu no estilo livre. De oito conjuntos, o brasileiro foi o sexto a entrar na pista. A líder era a britânica Anne Dunham / LJT Lucas Normark com 76,050% e Sergio garantiu a segunda melhor marca, com 75,100%. E mais uma vez o cavaleiro teve que esperar pelo resultado de dois conjuntos para comemorar a medalha.

“Cometi uns errinhos, mas nada que me prejudicasse muito. Tenho que fazer alguns ajustes ainda, mas essa foi a melhor apresentação da minha vida e eu fui evoluindo nesses três dias de competição aqui no Rio de Janeiro”, finalizou Sergio.

Quando a atleta de Singapura fez uma nota menor (72,300%), a torcida no Centro Olímpico de Hipismo, em Deodoro, veio abaixo. Assim como a equipe do Brasil, que correu para abraçar Sergio ainda na zona mista. Não importava o resultado da britânica Sophie Christiansen, o brasileiro já tinha uma medalha garantida. Com Athene Lindebjerg a campeã paralímpica fez 79,700% e garantiu mais um ouro no Rio 2016.

“O mais importante nos Jogos Paralímpicos é que nós conseguimos mostrar para tanta gente o que o cavalo é capaz de fazer com uma pessoa com deficiência. Com este resultado, com esta perspectiva para atletas com deficiência severas, como é o caso do Sérgio Oliva, tenho certeza de que vamos trazer muita gente para a modalidade”, contou Marcela Parsons, diretora de Adestramento Paraequestre da Confederação Brasileira de Hipismo.

A égua Coco Chanel foi encontrada pela equipe brasileira em uma casa no interior da Holanda há oito meses. E quem apostou que com ela Sergio ia ganhar medalha foi Marcela. “O mais incrível é que conseguimos preparar a égua em pouco tempo. Hoje com alguns erros conseguimos manter a medalha de bronze e isso tudo é o resultado de muito amor, de muito trabalho. Nós sabemos que este ciclo foi duro. Estávamos com dificuldades de arrumar um cavalo que trouxesse uma medalha para o Brasil e achamos. E o que é mais impressionante é o contato que a Coco Chanel tem com o Sérgio. Quando ele está em cima dela, a égua muda de atitude. Os cavalos paralímpicos precisam ser felizes e ajudar. E é isso que eles fazem nas arenas”, completou Marcela.

Na final estilo livre do grau IB, Marcos Fernandes Alves, o Joca, foi o segundo a entrar na pista com Vladimir. Juntos alcançaram a nota de 67,700% e terminaram a prova em sétimo lugar. O conjunto brasileiro animou a torcida com uma apresentação que teve como trilha sonora um medley com Garota de Ipanema, Aquarela Brasileira, Águas de Março e Rap da Felicidade.

16/09/2016 - Brasil, Rio de Janeiro, Jogos Paralimpicos Rio 2016 - Centro Olímpico de Hipismo - Hipismo -Estilo Livre Individual grau la - Sergio Oliva montando Coco Chanel garante a medalha de bronze para o Brasil ©Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB

Os medalhistas do estilo livre grau IA
(Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB)

“Essas músicas representam bem o Brasil e o Rio de Janeiro. A gente procurou juntar elas para fazer uma boa reprise. Eu gostei da minha prova, mas faltou um pouco de concentração da minha parte. O cavalo está muito bem, mas preciso de mais tempo de treino com ele para acertar o conjunto”, analisou Marcos Alves.

Essa foi a quarta participação de Joca em Jogos Paralímpicos. Ele é um dos cavaleiros mais experientes da equipe e possui duas medalhas de bronze, no individual e no estilo livre, conquistadas em Pequim 2008.

O campeão foi o britânico Lee Pearson / Zion com a pontuação de 77,400%. Pepo Punch / Fontainenoir com 76,750% garantiu a medalha de prata. E o bronze ficou com a dinamarquesa Stinna Kaastrup/ Smarties e 74,750%.

Participaram da decisão do individual estilo livre os conjuntos classificados entre a terça parte superior de cada grau e que alcançaram a pontuação mínima de 58% na média das competições individual e por equipe. Cada conjunto realizou uma coreografia própria com música.

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Sergio comemora após sua apresentação
(Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB)

As competições de Hipismo Adestramento dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 contaram a participação de 29 países e 65 conjuntos. Ao longo dos seis dias de provas foram distribuídas 33 medalhas.

Fonte:
MktMix Assessoria de Comunicação

Alice Furtado – alicefurtado@mktmix.com.br

Samantha Leiras – samanthaleiras@mktmix.com.br

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