Atleta da vela na Rio-2016 trabalha como veterinária na Paralimpíada e vive dilema

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Fernanda Decnop na Arena de Hipismo de Deodoro Foto: Márcio Alves / Agência O Globo

O pingente prateado em forma de cavalo indica que a velejadora Fernanda Decnop vive outra paixão. Depois de fechar a Rio-2016 na 24ª posição da Laser Radial, a niteroiense embarcou na missão de exercitar seu lado veterinária na Paralimpíada. Está sob os seus cuidados Da Vinci, cavalo da amazona uruguaia Alfonsina Maldonado.

A atleta sabe que seria muito difícil conciliar a carreira no mar com a medicina de animais. E, aos 29 anos, se vê diante do momento de decidir sobre que caminho seguir. O sabor de representar o Brasil nos Jogos deixou um gostinho de quero mais, mas continuar treinando para repetir a experiência depende de ter apoio suficiente.

— Se tiver um ciclo olímpico com apoio igual ou pior que o último, não sigo — afirma a velejadora veterinária.

Se as regatas ficarem para trás, Fernanda já sabe por onde começar. Na Olimpíada, conheceu dirigentes da Confederação Brasileira de Hipismo e manifestou seu interesse em trabalhar no ramo, fazer uma especialização em medicina esportiva equina. Ela conta que o contato foi positivo, mas ainda não há nada concreto. Por ora, ela tenta concretizar o desejo de fazer um estágio numa clínica em Itaipava, na Região Serrana do Rio.

— Essa paixão vem desde pequena. Uma amiga me convidou para ir a sua fazenda e me apaixonei. Mas preciso comer feijão com arroz, trabalhar muito — diz.

Nesta quarta, Alfonsina e Da Vinci seguem na luta por medalha no adestramento da Paralimpíada. Do lado de fora, Fernanda estará torcendo por bons ventos para o conjunto uruguaio.

Fonte- Jornal Extra

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