Fechando 1ª rodada com Sergio Oliva, maior nota da equipe, e Vera Mazzili, Brasil vem em 7º no Adestramento Paraequestre na Rio 2016

Nesta segunda-feira, 12/9, terminou a primeira parte da competição por equipes do Hipismo Adestramento dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Vera Lucia Mazzilli e Sergio Oliva, ambos da classe Ia, alcançaram juntos 142,000% e levaram o Brasil à 7ª posição com o total parcial de 208,840%, já com o descarte da menor nota da equipe. Agora, os resultados das disputas individuais de cada conjunto serão acrescentados ao total da equipe para definir o país campeão. As provas individuais, separadas por classes, começam nesta terça-feira, 13/9, e vão até quinta, 15/9.

“O balanço é positivo dentro do que aconteceu nos últimos dias, fizemos uma estreia fantástica e a tendência é crescer na reta final. A nossa equipe sempre apresenta uma prova melhor no segundo dia, então a partir de amanhã estamos esperamos bons resultados para elevar a nossa nota”, analisa Marcela Parsons, diretora de Adestramento Paraequestre da Confederação Brasileira de Hipismo.

O primeiro conjunto brasileiro a entrar na pista foi Vera Lucia Mazzilli com Ballantine. A amazona de 65 anos é a mais velha da delegação e fez a sua estreia em Jogos Paralímpicos alcançando a pontuação de 69,000%. Verinha, como é chamada pelos amigos, saiu da prova vibrando muito com a torcida.

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Vera e Ballantine fizeram bonito na arena do Complexo Olímpico de Deodoro; img: Cezar Loureiro/MPIX/CPB

“Foi muita emoção participar da competição hoje. Eu acho que poderia ter dado um pouco mais de mim e do cavalo, mas estou feliz e sei que posso melhorar na próxima prova. Eu amei o público torcendo por mim, é um sonho inesquecível estar aqui”, contou Vera Mazzilli ainda muito emocionada.

Com um ano de idade, ela foi diagnosticada com uma doença chamada distonia muscular não progressiva. Vera começou a fazer o esporte como terapia já adulta e com 54 anos disputou sua primeira competição. “O esporte é tudo para mim. Alegria, força e determinação. Tudo mudou na minha vida com o Hipismo, a autoestima principalmente. Eu nem queria começar a competir, mas hoje é minha paixão”, finalizou Vera.

Sergio Oliva, montando Coco Chanel, fechou a participação do Brasil nessa primeira fase e alcançou a maior nota da equipe, 73,000%. Aos 34 anos, esses são os terceiros Jogos Paralímpicos do cavaleiro de Brasília, que teve paralisia cerebral por falta de oxigenação na incubadora.

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Sérgio e Coco Chanel dando show na Rio 2016; img: Cezar Loureiro/MPIX/CPB

“Eu gostei da minha prova. Eu tentei ajudar a equipe da melhor forma que eu pude e estou contente. A minha égua é muito boa e competir em casa, com a presença da minha família e amigos, além do incentivo da torcida, é muito bom. Agradeço à CBH, ao CPB e aos meus patrocinadores por me ajudarem a estar aqui. Eu venho tentando uma medalha desde Pequim e pretendo sair daqui com uma no peito”, disse Sérgio Oliva, que também pratica corrida e natação.

Nessa terça, 13/9, começam as disputas individuais já valendo medalha para a classe III. E o representante do Brasil será Rodolpho Riskalla com Warrene na parte da tarde. Vale lembrar que a nota dele na segunda-feira contou apenas para a competição por equipes e para classificação para o individual estilo livre.

Entenda a competição

A competição durante os Jogos Paralímpicos inclui cinco graus – Ia, Ib, II, III e IV – e consiste em disputas por equipe, individual e individual estilo livre.  A disputa individual é a prova final por equipe e também determina as medalhas do campeonato individual de cada graua.

Para a disputa por equipe, cada país pode participar com três ou quatro conjuntos, sendo que pelo menos um deve ser da classe Ib ou da classe II e não mais do que dois da mesma classe. O resultado é definido pelo somatório do percentual de cada conjunto na prova por equipe e individual. Os três melhores resultados determinam a pontuação final do país e o vencedor é aquele que tiver mais pontos.

Participam da decisão do individual estilo livre os conjuntos classificados entre a terça parte superior de cada classe e que tenham alcançado a pontuação mínima de 58% na média das competições individual e por equipe. Cada conjunto deve realizar uma coreografia própria com música.

As competições de Hipismo Adestramento dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 contam com 29 países, sendo que 14 participam da disputa por equipes: Brasil, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Holanda, Noruega, Cingapura e Estados Unidos. Estão em jogo 33 medalhas reunindo todos os graus: 15 no individual, 15 no estilo livre e três por equipe.

Fonte: MKT Mix Comunicação; imgs: img: Cezar Loureiro/MPIX/CPB

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